A justiça federal decidiu na sexta-feira (12) que a Amazon não influenciou indevidamente na licitação por um contrato de 10 bilhões de dólares com o Pentágono. A empresa concorrente, Oracle, havia alegado que o Departamento de Defesa (DOD) e a Amazon tornaram a disputa tendenciosa por um conflito de interesse relacionado a um antigo funcionário.
O Pentágono decidiu contratar os serviços de apenas uma das empresas, ao contrário de outras grandes organizações que preferem trabalhar com vários servidores de nuvem. E, segundo a Oracle, essa foi a escolha que favoreceu o Amazon Web Services, o maior provedor de serviços em nuvem. Além disso, segundo a acusação, um ex-funcionário da JEDI e agora trabalhador da Amazon teria sido fundamental para a decisão do Pentágono de contratar um único provedor de nuvem.
Grande parte do argumento da Oracle centrou-se nesse funcionário chamado Deap Ubhi, que trabalhava para a Amazon, antes de ingressar no Pentágono. Ele ficou apenas alguns meses e depois retornou para a varejista online.
A Amazon argumentou que o Pentágono identificou 72 pessoas substancialmente envolvidas no desenvolvimento do contrato e seus requisitos, e que Ubhi trabalhou no JEDI por apenas sete semanas, nos estágios iniciais do projeto. Por fim, o juiz Eric Bruggink, do Tribunal Federal de Reivindicações Federais, concluiu que não existiu uma influência.
A decisão divulgada na sexta-feira “reafirma a posição do DOD”, disse Elissa Smith, porta-voz do Pentágono. “O processo de aquisição da JEDI Cloud foi conduzido como uma competição justa, completa e aberta, que o contratante e sua equipe executaram em conformidade com a lei”.
Doug Stone, um porta-voz da Amazon, disse em um comunicado que a empresa “está pronta para apoiar e servir o que é mais importante – a missão do DOD de proteger a segurança de nosso país”. O contrato da JEDI tem o objetivo de trazer os militares para a era moderna da computação em nuvem.
A Oracle, IBM, Microsoft e Amazon ofereceram-se para fornecer a tecnologia. Porém, em abril, o Pentágono decidiu que apenas as duas últimas teriam capacidade de realizar o serviço. A Oracle também desafiou o método que o Pentágono usou para avaliar os licitantes, ao contrário do juiz, que os achou válidos.
Por enquanto, a Oracle não tem muitos meios de desafiar a abordagem da licitação do Departamento de Defesa, já que o contrato ainda não foi adjudicado. Isso acontecerá, provavelmente, apenas em agosto.
Via: New York Times