A Amazon continua em seu projeto de ser um espaço onde absolutamente tudo (que for legal, claro) pode ser comprado. A empresa anunciou que agora vai entrar no negócio farmacêutico para venda de remédios após confirmar a compra da PillPack, uma startup fundada em 2013, por US$ 1 bilhão.
A PillPack é uma farmácia online que envia medicamentos para todos os estados dos EUA, o que indica o interesse na entrada neste mercado, mas a visão de que a Amazon não conseguiria competir por conta própria contra gigantes estabelecidos neste setor no país, como CVS e Walgreens.
O “efeito Amazon” foi imediatamente sentido nas bolsas americanas. As ações da CVS, Walgreens e Ride Aid Corp rapidamente desabaram perto de 10% pelo temor de que a gigante do comércio eletrônico tomasse o mercado de US$ 400 bilhões. É um efeito recorrente quando a companhia anuncia novas iniciativas; até mesmo no Brasil isso foi percebido quando a empresa começou a vender eletrônicos e outros produtos além de livros, com empresas como Magazine Luiza, B2W, Lojas Americanas e Saraiva vendo suas ações desabarem.
O Wall Street Journal, no entanto, nota que este mercado será mais complicado de dominar, porque o mercado de saúde nos EUA é bastante regulamentado, com vários elementos delicados. Isso faz com que a empresa tenha que tomar uma série de cuidados que tornarão sua atuação mais difícil.
A expectativa, segundo a publicação, é que a Amazon não aposente a marca PillPack e apenas mantenha seus serviços, agora sob o seu guarda-chuva. É o que a empresa fez com a rede de mercados Whole Foods, que continua funcionando normalmente apesar da aquisição.