Amazon amplia programa contra produtos falsificados para o Brasil

Iniciativa utiliza aprendizado de máquina para identificar produtos que não deveriam estar sendo comercializados na plataforma
Redação11/08/2020 22h48, atualizada em 11/08/2020 23h20

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Nesta terça-feira (11), a Amazon anunciou a ampliação de seu programa “Project Zero” para sete países e um deles é o Brasil. A intenção da iniciativa é identificar produtos falsificados na plataforma de varejo para evitar que clientes sejam prejudicados.

Criado no ano passado, o programa também foi ampliado para a Austrália, Holanda, Arábia Saudita, Cingapura, Turquia e nos Emirados Arábes Unidos e, agora, figura em 17 países no total.

“A Amazon está comprometida em proteger nossos clientes e as marcas com as quais colaboramos em todo o mundo”, afirmou Dharmesh Mehta, vice-presidente de Confiança ao Cliente e Suporte ao Parceiro da Amazon.

Reprodução

Caixas com produtos entregues pela Amazon. Imagem: iStock/NoDerog

A iniciativa funciona por meio de uma tecnologia de aprendizado de máquina. Portanto, o processo de identificação acontece de forma automatizada.

Milhares de produtos na Amazon foram declarados perigosos ou de risco

Ao contrário do que os consumidores podem pensar, a Amazon não é uma instituição singular. A grande maioria dos itens na loja online não é vendida pela própria empresa, mas sim por milhares de vendedores externos, quase anônimos. No entanto, em setembro do ano passado, foi descoberto que muitos desses estão anunciando produtos potencialmente perigosos.

Uma investigação do Wall Street Journal encontrou mais de 4.100 produtos disponíveis na Amazon – desde capacetes de moto até brinquedos infantis – que foram “declarados como perigosos pelas agências federais, rotulados de forma enganosa ou proibidos pelos órgãos reguladores federais”. Em um período de aproximadamente quatro meses, o Wall Street Journal descobriu:

  • 157 listagens de produtos que haviam sido indicados como “banidos da plataforma”;
  • Mais de 100 listagens de produtos que afirmam falsamente ser “aprovados pela FDA (órgão norte-americano equivalente à Anvisa)”;
  • 80 colchões infantis com descrições assustadoramente semelhantes às que a Amazon proibiu após a FDA alertar que poderiam causar asfixia;
  • Mais de 2.000 brinquedos sem etiquetas de aviso apropriadas;
  • 44 listagens de capacetes para motos que, segundo o Wall Street Journal, não passaram nos testes de segurança federais em 2018.

Por isso, em 2019, a empresa anunciou o Project Zero, que visa permitir que as marcas retirem itens falsificados da loja usando a ajuda do aprendizado de máquina.

Depois da reportagem do Wall Street Journal, a Amazon supostamente removeu ou reformulou 57% destas listagens. “Investimos recursos significativos para proteger nossos clientes e criamos programas robustos projetados para garantir que os produtos oferecidos para venda em nossa loja sejam seguros e compatíveis com os regulamentos”, escreveu a empresa em uma publicação em seu blog oficial.

Via: Exame

Colaboração para o Olhar Digital

Redação é colaboração para o olhar digital no Olhar Digital