Na noite do último domingo (13), a Alfândega e Proteção de Fronteiras dos Estados Unidos (CBP) fez uma grande apreensão de itens contrabandeados de Hong Kong. Em seu perfil no Twitter, a agência federal alegou ter “2 mil Apple AirPods falsificados de Hong Kong”, cujo valor de varejo estimado era de US$ 398 mil.

Parece uma apreensão de rotina nas fronteiras de um país, se não tivesse um problema: as fotos publicadas pela CBP mostram OnePlus Buds perfeitamente normais como evidência, e não AirPods.

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Ao que tudo indica, a alfândega norte-americana se esqueceu de que outras empresas também fabricam fones brancos sem fio. O tuíte vinha acompanhado de um comunicado de imprensa completo que elogiava os esforços dos agentes federais na apreensão de dois mil AirPods falsificados, fato ocorrido em um terminal de carga no Aeroporto Internacional John F. Kennedy, em Nova York, no dia 31 de agosto. O “incrível” feito da CBP chamou pouca atenção até a publicação do caso em um tuíte com fotos:

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Como não poderia deixar de ser, o tuíte tem inúmeras respostas informando à agência que as fotos mostram apenas OnePlus Buds, fones de ouvido sem fio perfeitamente normais, com um design inspirado na Apple. A OnePlus até respondeu à alfândega, dizendo “Ei, devolva!”.

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Apesar disso, a CBP não excluiu nem corrigiu a publicação, tampouco se pronunciou sobre o assunto. Não se sabe exatamente o que aconteceu, mas uma rápida busca na internet mostra que essa é uma embalagem padrão dos fones OnePlus.

Descaso

Em junho, o Escritório do Inspetor Geral da CBP descobriu que a agência havia separado pelo menos 60 famílias que buscavam asilo para seus filhos, apesar da alegação da própria agência de que, desde 2018, havia separado apenas sete famílias. Considerando o descaso no tratamento de pessoas, não é de se estranhar que eles se confundam durante uma apreensão de fones de ouvido falsificados.

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“A interceptação desses fones de ouvido falsificados é um reflexo da vigilância e do compromisso com o sucesso da missão por parte de nossos oficiais da CBP diariamente”, afirmou Troy Miller, Diretor de Operações de Campo da CBP em Nova York, em comunicado sobre o caso.

Via: Gizmodo