A radiação de celulares pode fazer mal?

Redação16/11/2016 14h42, atualizada em 16/11/2016 15h02

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Cada vez mais populares entre usuários de todas as idades, os celulares chegam a se tornar um vício na vida de algumas pessoas. O que muitas delas não pensam, no entanto, é no número de riscos que esse tipo de dispositivo pode trazer.

Nos últimos anos, os médicos têm se mostrado cada vez mais preocupados com possíveis ligações entre o uso constante de celulares e os riscos de desenvolvimento de câncer. “Nas últimas décadas foi realizado um grande número de pesquisas para analisar se as ondas de rádio frequência (RF) colocam em risco a nossa saúde”, explica Emilie van Deventer, diretora do Programa de Radiação do Departamento de Saúde Pública, Meio Ambiente e Determinantes da Saúde da Organização Mundial da Saúde.

Van Deventer conta que as pesquisas procuram entender se existem efeitos adversos do uso de celulares, torres de telefonia e conexões Wi-Fi ao ser humano e também ao meio ambiente. No entanto, até agora os resultados foram ambíguos.

Radiofrequência

As ondas de radiofrequência dos celulares são “uma forma de radiação não-ionizante”, de acordo com a Sociedade Americana Contra o Câncer. A organização explica que as ondas não são fortes o suficiente para causar câncer, mas a OMS afirma que há riscos potenciais na exposição a longo prazo, especialmente relacionados a tumores na cabeça e pescoço.

No corpo

O nível de absorção da energia pelos tecidos do organismo é chamado de taxa de absorção específica, SAR em inglês. Cada celular possui seu nível SAR, algo que, tradicionalmente, pode ser encontrado no site da fabricante.

A informação é baseada no funcionamento do dispositivo em alta potência, e não no uso normal, segundo especialistas. Eles alertam, no entanto, que mesmo as ondas de baixa frequência podem impactar na saúde.

Algumas pesquisas associam o uso do celular com cânceres de pele e de testículo.

Problemas

“Muitos cânceres não são detectáveis até muitos anos após as interações que causaram o tumor, e como o uso de celular não foi popularizado até os anos 1990, estudos epidemiológicos só podem avaliar os cânceres que se fizeram evidentes em períodos de tempo mais curtos”, explica Van Deventer.

A OMS pretende publicar até o ano que vem um estudo com uma avaliação de risco sobre a questão, segundo a especialista. Enquanto isso, ela recomenda algumas medidas para reduzir as chances de câncer:

  • Use fones de ouvido e deixe o celular no viva-voz, mantendo o dispositivo longe da cabeça
  • Limite o número e a duração das ligações
  • Use o celular onde o sinal é bom. Isso faz com que a potência seja reduzida e a emissão de radiofrequência seja menor

Via BBC

Colaboração para o Olhar Digital

Redação é colaboração para o olhar digital no Olhar Digital