Supervisionar quem foi ou não vacinado pode ser uma tarefa complicada, assim como determinar quando a vacinação ocorreu. Pesquisadores do MIT – Instituto de Tecnologia de Massachusetts – pensaram em uma solução para isso. Eles criaram uma tinta invisível que pode ser incorporada com segurança na pele e só é visível usando um aplicativo com filtro especial no smartphone.
Em outras palavras, os cientistas criaram uma maneira de colocar o registro de vacinação diretamente na pele do paciente em vez de documentá-lo em um papel ou eletronicamente. Além disso, o sistema de rastreamento de baixo risco poderia simplificar bastante o processo de manutenção dos registros, especialmente em grande escala.
“Nas áreas em que cartões de vacinação em papel geralmente são perdidos ou não existem, e os bancos de dados eletrônicos não chegaram, essa tecnologia pode permitir a detecção rápida e anônima do histórico de vacinação dos pacientes, para garantir que todas as crianças sejam vacinadas”, declarou o pesquisador Kevin McHugh.
A fundação Bill e Melinda Gates financiou a pesquisa, publicada na revista Science Translation Medicine na última quarta-feira (18). O projeto surgiu após uma solicitação direta do fundador da Microsoft, Bill Gates, que se envolveu pessoalmente em esforços para erradicar a poliomielite e o sarampo por meio de vacinas.
A “tatuagem” invisível é um padrão composto de minúsculos cristais semicondutores que refletem a luz e brilham sob a luz infravermelha. O padrão é liberado junto com a vacina na pele usando microagulhas dissolúveis de alta tecnologia, feitas com uma mistura de polímeros e açúcar.
Por enquanto, o sistema é apenas um conceito. Já foram realizados testes em ratos e descobriram que os padrão eram detectáveis nove meses após a injeção. Já em modelos de pele de cadáveres humanos, os registros suportaram mais de cinco anos de exposição solar simulada.
“É possível que um dia essa abordagem “invisível” possa criar novas possibilidades para aplicativos de armazenamento de dados, biossensores e vacinas que possam melhorar a forma como os cuidados médicos são prestados, principalmente em países em desenvolvimento”, afirmou o professor do MIT Robert Langer.
Via: Futurism