‘Robô-barata’ pode auxiliar em buscas após desastres naturais

Invenção de cientistas é capaz de suportar até 1 milhão de vezes o próprio peso e se locomover em alta velocidade
Redação09/08/2019 23h15, atualizada em 10/08/2019 23h56

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Um grupo de pesquisadores da Universidade da Califórnia, em Berkeley, e da Universidade de Tsinghua, na China, criou um protótipo de um mini-robô inspirado em uma barata. A invenção, que é capaz de se locomover rapidamente e é praticamente indestrutível, é cotada para substituir cães farejadores na detecção de vítimas desaparecidas em desastres naturais.

“Por mais que a barata seja uma praga chata, ela possui certas características interessantes, incluindo a capacidade de se locomover rapidamente por um espaço estreito e a dificuldade de ser esmagada – isso nos inspiraram a desenvolver um rápido e robusto robô flexível”, explica Zhang Min, uma das autoras do estudo, ao South China Morning Post.

O estudo foi publicado na semana passada na revista Science Robotics. O novo protótipo possui o tamanho de um selo postal e pesa menos de um décimo de um grama. É composto por um filme fino flexível e piezoelétrico (seus cristais, estimulados por pressão mecânica, geram tensão elétrica), e possui um esqueleto de polímero com duas pernas. Ele pode se mover tão rápido quanto uma barata, e consegue atingir até 20 vezes o comprimento do corpo por segundo. Flexível, é capaz de se mover mesmo após ser pisoteado por uma pessoa de 60 kg (peso 1 milhão de vezes maior que o próprio corpo)

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Há muito tempo, a Ciência se inspira em insetos para criar robôs. No caso da barata, é importante notar que elas são capazes de transportar cargas até 900 vezes maior que o próprio peso, encolher até um quarto da altura e viver por uma semana sem a cabeça. Antes desta invenção, em 2017, pesquisadores de Berkeley desenvolveram um robô do tamanho da palma da mão – cerca de 20 vezes o tamanho do inseto – para uso em resgates.

“As principais inovações são os materiais flexíveis e estruturas utilizadas no robô”, afirma Lin Liwei, professor de Berkeley que dirigiu a pesquisa. “Se o robô for muito mole, ele não poderá se mover rapidamente. Se o robô for muito rígido, não poderá suportar o peso humano”, explica.

Esses recursos o tornam um candidato em potencial para ajudar em desastres, campo no qual o  tamanho, a agilidade e a resiliência são necessários para detectar sobreviventes presos sob os escombros.

Fonte: InkStone

Colaboração para o Olhar Digital

Redação é colaboração para o olhar digital no Olhar Digital