Museu do Fracasso expõe produtos de tecnologia que deram errado

Redação19/06/2017 14h11, atualizada em 19/06/2017 14h39

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A indústria da tecnologia é movida pela inovação: empresas ou empreendedores que se arriscam e fazer algo que nunca foi feito antes. Foi assim que nasceu o computador doméstico, o smartphone e tantos outros dispositivos que transformaram a sociedade para sempre.

Acontece que o risco da inovação não é sempre certeiro. Pode ser que uma nova grande ideia transforme a sociedade ou que acabe esquecida pelos seus inventores como um fracasso monumental. São esses “acidentes de percurso” que estão expostos no chamado Museu do Fracasso.

Trata-se de uma instalação concebida por Samuel West, um psicólogo de 43 anos apaixonado por tecnologia, e que acaba de ser inaugurada na cidade de Helsingborg, na Suécia. Lá, estão expostos 51 produtos que tentaram inovar o mercado, mas falharam miseravelmente.

Uma das peças em exposição no Museu do Fracasso é o Pippin, um videogame desenvolvido pela Apple em 1995. O console foi fruto de uma época em que a empresa tentava reverter a queda nas vendas de Macs e decidiu se aventurar em outros mercados.

Caro, com poucos jogos e com alguns defeitos de fábrica, o Pippin acabou tendo sua produção encerrada em 1997, quando Steve Jobs voltou ao posto de líder da Apple e eliminou diversos produtos nos quais a empresa vinha trabalhando. Caso semelhante foi o do Newton, um assistente pessoal com suporte a caneta stylus, e que também está no Museu do Fracasso.

Mas não é só de Apple que vive a instalação. Estão também em exposição o Google Glass, tentativa da gigante de buscas de fazer um par de óculos inteligente; o Nokia N-Gage, uma mistura de celular com videogame portátil; o Fire Phone, smartphone da Amazon que usava o sistema Fire OS; o No More Woof, um dispositivo que prometia ser capaz de ler a mente de cães; e até o TwitterPeek, um aparelho de US$ 200 que só servia para fazer posts no Twitter.

“Nós sabemos que, de 80% a 90% dos projetos de inovação que fracassam, você nunca ouve falar a respeito deles”, disse o curador da exposição. “E, se existe algo que podemos fazer a respeito desses fracassos, é aprender com eles. Eu realmente acredito que, como sociedade, nós subestimamos o fracasso. Somos muito obcecados pelo sucesso.”

A lista de “monumentos ao fracasso” que estão em exposição inclui não somente dispositivos eletrônicos, mas também ideias de marketing e outros produtos que não deram certo. Por exemplo: uma versão sem gordura da batata em lata Pringles, uma caneta de tinta rosa que foi vendida como “Bic para as mulheres” e um jogo de tabuleiro chamado “Donald Trump: The Game”.

Veja mais no site do museu.

Colaboração para o Olhar Digital

Redação é colaboração para o olhar digital no Olhar Digital

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