O universo atual está repleto de carbono. Ele está nas estrelas, planetas, plantas e pessoas. Porém, no início de tudo, quando o Big Bang aconteceu, não havia uma única molécula do elemento à vista. Foi apenas após as estrelas começarem a obter fusão nuclear que, de fato, o carbono surgiu.
Há muito tempo os astrônomos se perguntam como o elemento se espalhou pelo universo. Os recém-descobertos “casulos” de carbono gasoso em torno de jovens galáxias podem ajudar a explicar esse mistério.
Na última segunda-feira (16), uma equipe internacional de pesquisadores publicou um novo estudo no Astrophysical Journal. Ele detalha o uso do Atacama Large Millimeter/submillimeter Array, um rádio-observatório no Chile usado para detectar “casulos” de carbono em torno de galáxias distantes.
Os “casulos” possuem um raio de 30 mil anos-luz e marcam a primeira confirmação de que estrelas no universo primitivo produziram o carbono que se espalhou além de suas galáxias. Os modelos teóricos atuais do universo não conseguem explicar a existência deles, mas a equipe da pesquisa já tem algumas ideias.
“As explosões de supernovas no estágio final da vida estelar expelem elementos pesados formados nas estrelas”, disse o pesquisador Rob Ivison. “Jatos energéticos e radiação de buracos negros supermassivos no centro das galáxias também podem ajudar a transportar carbono para fora delas e, finalmente, para todo o universo”, concluiu.
Via: Futurism