[ATUALIZAÇÃO: Parte deste texto se baseava na informação, fornecida pela Forbes, de que autoridades haviam encontrado um PlayStation 4 quando buscavam responsáveis pelos ataques. Mais tarde, a própria Forbes retificou seu texto, reconhecendo que não tem essa informação, então tiramos a afirmação daqui. Todo o resto se mantém, porque a possibilidade não só existe como foi comentada por um ministro belga recentemente.]

Na mesma semana em que ocorreram os ataques que deixaram 129 mortos e mais de 300 feridos, o ministro do Interior belga, Jan Jambon, havia participado de um evento no qual falou sobre como os terroristas do Estado Islâmico (EI) estão usando o PlayStation 4 para se comunicar. “O PlayStation 4 é ainda mais difícil de ser mantido sob observação do que o WhatsApp”, afirmou Jambon, segundo reporta o The Bulletin.

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O PS4 é hoje o console mais popular do mundo e a PlayStation Network, que permite a comunicação entre os jogadores, possui mais de 110 milhões de usuários – com pelo menos 65 milhões deles em atividade. A rede oferece uma série de possibilidades de conversação aos usuários, incluindo voz, texto, imagens e outras tão criativas quanto secretas.

A preocupação quanto a essas possibilidades veio à tona em 2013, quando Edward Snowden vazou informações sobre os esquemas de vigilância americana. Parte dos documentos informava que agentes da CIA e da Agência de Segurança Nacional (NSA) mantinham avatares em jogos como World of Warcraft para se infiltrar em reuniões terroristas. E, como ressalta a Forbes, essa é apenas uma das formas mais óbvias de se comunicar num ambiente desses.

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Integrantes do EI poderiam escrever planos e instruções em moedas do Super Mario Maker, por exemplo, e entregá-las de forma privada aos comparsas. Ou então, numa partida multiplayer de Call of Duty, seria possível conversar escrevendo letras com balas nos muros – como as marcas de tiro desaparecem sozinhas, ninguém mais descobriria.