A Nintendo começou a liberar o jogo “Super Mario Run” para os usuários de Android gradualmente na noite de quarta-feira, 22, um dia antes do previsto. No entanto, para surpresa de muitos, nem todos os celulares Android são compatíveis com o jogo.
Não é uma questão de hardware, e sim de software. A Nintendo não quer que smartphones com o Android com root executem o jogo por temer que isso abra possibilidades para piratear o game e liberar todos os recursos sem pagar os R$ 35 necessários para tal.
No caso de “Super Mario Run”, o método convencional de pirataria, o APK, não é viável. A técnica funciona quando o jogo é pago no Google Play; basta uma pessoa pagar para disponibilizar o conteúdo para qualquer um interessado em baixá-lo gratuitamente. No entanto, como o jogo é listado como grátis “com compras no aplicativo”, o APK perde o sentido, porque qualquer um pode baixar o material sem custo nenhum.
Então a Nintendo tenta se precaver de outras formas, exigindo conexão permanente para ter controle sobre as ações do jogador, e impedindo que o game rode em sistemas com root, que poderia ser usado para quebrar as proteções do jogo. O problema é que não é por usar root que o usuário quer piratear o jogo, e a Nintendo estaria fechando portas para jogadores legítimos que só querem ter um pouco mais de controle sobre seus celulares
Quem quiser usar o jogo sem desfazer o root ainda tem uma opção. É uma gambiarra, mas funciona: quando receber o erro 804-5100, que representa a impossibilidade de jogar por causa do root, você só precisa fechar o app e entrar na pasta “/data/data/com.nintendo.zara/shared_prefs” e remover o arquivo “deviceaccount.xml”. O problema é que você terá que fazer isso todas as vezes que o jogo apresentar o erro.
Outra solução bastante conhecida dos usuários de Android com root é o aplicativo Magisk, que permite disfarçar a modificação do sistema e enganar os sistemas de proteção.