Esta semana, a Sony decidiu desvendar os últimos mistérios que ainda pairavam sobre o PS5. Além do preço e da data de lançamento, a empresa também revelou um pouco da estratégia para a nova geração, incluindo a questão da retrocompatibilidade, que é um recurso que tem sido apresentado pela concorrente Microsoft como um dos grandes pontos fortes dos novos Xbox.

Jim Ryan, presidente da Sony Interactive Entertainment, revelou em entrevista ao Washington Post que será raro que algum jogo do PS4 não possa ser executado no PS5. Ele estima que 99% dos títulos disponíveis no catálogo da geração atual possa ser transportado para o novo console.

A estimativa é bem mais otimista do que a Sony havia previamente anunciado. Inicialmente, a companhia havia citado que todos os jogos do “top 100” do catálogo do PS4 estariam acessíveis no PS5, o que é positivo, mas não o ideal para quem gosta de títulos independentes e obscuros. Pouco tempo depois, a previsão aumentou para “a esmagadora maioria”, e agora chegou a 99%.

Ryan também aproveitou para dar mais detalhes sobre a estratégia da Sony para competir com o Game Pass do Xbox, e foi bem direto sobre o assunto: a companhia não tem planos de disponibilizar seus jogos, com altos valores de produção, em uma assinatura como faz a Microsoft, que libera todos os seus lançamentos no dia 1 para seus assinantes, incluindo até mesmo os títulos mais pesados, como “Forza”, “Halo” e “Gears of War”.

“Para nós, ter um catálogo de jogos não é algo que define uma plataforma. Nosso lema, como você já ouviu, é ‘novos jogos, grandes jogos’. Nós já tivemos essa conversa: não vamos seguir esse caminho de colocar novos lançamentos em um modelo de assinatura. Esses jogos custam milhões de dólares, bem mais de US$ 100 milhões, para desenvolver. Não vemos isso como sustentável”, afirmou Ryan ao site GameIndustry.biz.

A empresa tem seus serviços de assinatura para jogos. O PS Now, que nunca foi lançado no Brasil, funciona de forma similar ao Game Pass, mas apenas por streaming (sem opção de download para execução local) e sem os últimos lançamentos da Sony. A empresa também anunciou a Plus Collection, mas é apenas um catálogo de títulos de sucesso do PS4, sem previsão de incorporar títulos do PS5 à assinatura.