Samsung anuncia fim de produção de players de Blu-Ray nos EUA

Renato Santino18/02/2019 22h58, atualizada em 18/02/2019 23h00

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Megaprojetos

Primeiro foi o VHS; depois, o DVD; agora, a próxima mídia para reprodução de vídeo a entrar em extinção deve ser o Blu-Ray, pelo que indica uma decisão da Samsung. A empresa optou por não produzir mais reprodutores de Blu-Ray 4K Ultra HD, o que pode ser um indício de que este mercado está deixando de ser interessante.

A informação obtida pela CNET é de que a Samsung também deve interromper a produção de alguns modelos de reprodutores de Blu-Ray de resolução 1080p convencional. A mudança também é interessante porque a coreana foi uma das primeiras empresas a abraçar os Blu-Rays 4K.

A mudança é válida para os Estados Unidos, o que significa que a empresa ainda pode continuar produzindo e distribuindo modelos de reprodutores Blu-Ray 4K e 1080p em outras regiões. No entanto, o significado da ação é global e os reflexos devem ser sentidos pela indústria no mundo inteiro.

Isso porque é um caminho inevitável: mídia física está em declínio, e não é apenas no vídeo. O streaming se consolidou como uma opção preferencial do público para assistir filmes e séries, o que pode ser facilmente observado quando notamos a ascensão da Netflix como um império midiático nos últimos anos, mas isso também pode ser observado na música, com o Spotify e outros concorrentes, e até nos videogames, onde as mídias digitais já são bastante comuns, e o modelo de assinatura como o GamePass do Xbox começa a ganhar fôlego.

Isso significa que o Blu-Ray vai morrer completamente? Certamente não, mas ele terá cada vez menos relevância. A mídia física sempre terá um espaço entre colecionadores e aos puristas, já que o Blu-Ray 4K realmente é a melhor opção para quem quer assistir a um filme ou seriado em altíssima resolução, já que independe da qualidade de internet e garante a melhor imagem em qualquer situação.

Como produto de massa, no entanto, o Blu-Ray tende a deixar de ser o foco tanto das fabricantes de reprodutores quanto para as produtoras de cinema e seriados, que devem voltar suas atenções cada vez mais para o streaming. É apenas questão de tempo.

Renato Santino é editor(a) no Olhar Digital