Saiba como é a vida de quem estuda e atua na área de criação de jogos

Acsa Gomes27/11/2020 23h00, atualizada em 28/11/2020 22h00

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Se engana quem pensa que videogame é coisa de criança. Um estudo recente do instituto Newzoo indica que a indústria global de jogos eletrônicos fechou 2017 rendendo mais de 110 bilhões de dólares. Como comparação, a indústria do cinema fez “apenas” 40 bilhões de dólares em bilheteria no ano passado. O mercado dos games tem crescido cada vez mais e, para sustentar esse crescimento, as vagas de emprego na área também devem aumentar.

Muita gente de todas as idades tem vontade de trabalhar com games. Mas você sabe como é esse mercado aqui no Brasil? Nós fomos até este estúdio na Vila Madalena, zona oeste de São Paulo, para conferir de perto como é o dia a dia da galera que trabalha com videogames.

O Stiven é diretor da Flux, uma desenvolvedora de jogos brasileira que ficou famosa no ano passado com o game de luta “Guts”. Mas não são só jogos autorais que eles fazem. Eles também produzem games por encomenda, para empresas de recursos humanos, publicidade e outros tipos de clientes. Por isso, a demanda por profissionais pode mudar dependendo do projeto em que o estúdio estiver trabalhando no momento.

O curso de game design é uma das ofertas de graduação desta universidade em São Paulo. E se você pensa que o curso é só para ficar jogando videogames o dia inteiro, está muito enganado. A ideia do curso é que os alunos consigam ter uma visão bem mais ampla sobre os games. E uma vez que você começa a olhar para eles dessa nova forma, não dá pra voltar atrás. O Murilo e a Bruna, por exemplo, estão no último ano do curso, e eles contaram pra gente que o aprendizado vai muito além dos jogos eletrônicos.

A Bruna e o Murilo devem se formar até o fim de 2018, mas a ideia não é que eles sigam direto para uma produtora enorme como a Nintendo, a Konami ou a Ubisoft. Segundo o coordenador do curso, Delmar Domingues, todo o programa da graduação prepara os alunos para o mercado de jogos independentes, que são mais comuns no Brasil, e servem como uma espécie de “porta de entrada” para esses estúdios maiores.

E se você já gastou dinheiro em algum joguinho de celular como o Candy Crush, sabe que até mesmo os games mais simples podem render uma fortuna se forem bem feitos. A avalanche de jogos simples e grátis que surgiram desde que os smartphones ficaram mais populares mudou a forma como os games são pensados. E os cursos de games precisaram mudar junto, incluindo conhecimentos de negócios, marketing e muito mais.

Estudo é muito importante, como em qualquer área, e aproveitar as oportunidades que o mercado oferece também é. Mas para quem já está trabalhando no meio, é preciso muito esforço extra. Ter o diploma é importante, mas não é a chave que vai abrir todas as portas. Dedicação e curiosidade são os ingredientes ideais para entrar com tudo nesse mercado que encanta os jovens brasileiros. Então anota aí essa dica.

Ex-editor(a)

Acsa Gomes é ex-editor(a) no Olhar Digital