A polêmica das caixas de loot em jogos deu uma esfriada em 2018, mas o assunto continua sendo alvo de órgãos reguladores em algumas partes do mundo. Agora o governo dos Estados Unidos vai iniciar uma investigação sobre a prática em games vendidos dentro do país.
A FTC (Comissão Federal de Comércio, na sigla em inglês) aceitou um pedido da senadora democrata Maggie Hassan para investigar o uso das caixas de loot em jogos comercializados no Estados Unidos – seja em jogos para celular como “Clash Royale” ou em produções de ponta como “Star Wars Battlefront II”, que acendeu a discussão no ano passado e acabou tendo o recurso removido após a polêmica.
As caixas de loot são vendidas dentro de jogos e oferecem itens aleatórios. A prática é comparada por muitos a apostas, e foi isso que motivou o início da investigação por parte do órgão norte-americano. Há quem diga que alguns jogos são projetados com o objetivo claro de extrair o máximo de dinheiro de jogadores através dessas caixas de loot.
“É hora da FTC investigar esses mecanismos para garantir que as crianças sejam devidamente protegidas”, defende a senadora democrata. “E para educar pais sobre o vício em potencial e outros impactos negativos desses jogos”, continuou.
Hassan vem agindo contra as caixas de loot há algum tempo. No começo do ano, ela escreveu para o Entertainment Software Rating Board, órgão responsável pela classificação etária dos jogos nos Estados Unidos, questionando como é feita a categorização das caixas de loot – como resposta, o órgão passou a incluir um aviso de que microtransações estão presentes em jogos que usam o mecanismo.
A Entertainment Software Association, órgão que representa desenvolvedores de jogos nos Estados Unidos, discorda das alegações da senadora em nota enviada ao site Polygon. “Caixas de loot são uma forma de jogadores melhorarem a experiência que os jogos eletrônicos oferecem. Diferente das afirmações, elas não são apostas. Elas não possuem valor real, jogadores sempre recebem algo que melhora a experiência, e a compra é completamente opcional.”