Review do Notebook Samsung Odyssey 2018: dá conta do recado. Mas…

Nova versão do notebook gamer da Samsung fez upgrade no chip de vídeo e na bateria, mas continua sem SSD
Rene Ribeiro27/01/2019 21h43, atualizada em 28/01/2019 12h00

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A Samsung apresentou seu primeiro notebook gamer no Brasil em abril de 2017, e que ganhou o nome de Odyssey. E esse nicho de mercado deve ter dado resultado para a empresa coreana, pois em 2018 ela apresentou a segunda versão dessa linha  com um chip gráfico um pouco mais poderoso.

E é dele que vamos falar hoje. Fizemos uma análise completa e, mesmo que você não seja um gamer, esse notebook pode ser muito útil para suas atividades. Acompanhe o review e entenda o porquê.

Notebook Odyssey 2018

De ínício, para não gerar confusão, esse modelo do Odyssey leva o código de 800G5H-XG4. É importante esclarecer isso, porque, fisicamente, ele é idêntico ao primeiro modelo, inclusive a cor. E se você decidir comprar, melhor ficar atento para não levar a primeira versão, que tem uma configuração (digamos o “motor”) menos potente.

Notebook Odyssey 2018: características físicas

Esse notebook não tem “cara” de gamer, logo a primeira vista. Todo notebook gamer é “diferentão”, apresentando LEDs na frente, na tampa, que piscam em cores diferentes e um logotigo agressivo. Calma, isso não é um ponto negativo, é apenas para dizer que é um notebook gamer discreto, principalmente por utilizar a cor preta em todo seu gabinete.

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Por isso eu disse no início do texto que esse notebook pode servir mesmo quem não seja gamer: além de discreto, por ter um design minimalista e mais detalhes técnicos que veremos a frente, ele não custa tão caro quanto um notebook gamer para aficionados.

Os únicos detalhes que chamam a atenção são o logotipo do Odyssey na tampa, que é um LED grande na cor vermelha e o teclado retroiluminado que também acende na cor vermelha. E ambos podem ser desligados facilmente pelo usuário.

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As dimensões são de 37,8 cm de largura, 26 cm de profundidade e 2,8 cm de espessura, com peso de 2,52 quilos. Apesar de ser todo feito em plástico, o Odyssey é bem construído. O plástico da tampa é bem rígido e, o corpo, é revestido por uma resina emborrachada, bastante parrudo mesmo.

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A parte de baixo possui um sistema de resfriamento batizado pela Samsung de Hexaflow Vent. Trata-se de uma grade, com furos minúsculos, que favorecem a ventilação e protegem contra poeira. A parte traseira também tem uma grade onde o ar quente é jogado para fora por duas ventoinhas.

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Removendo toda a parte de baixo (7 parafusos e o encaixe não é tão fácil retirar, mas com paciência, não é preciso levar a uma assistência técnica), é possível fazer upgrade de memória e também instalar um SSD tipo M2.

O teclado também é diferente dos encontrados em notebooks gamers para aficionados: ele é bem parecido com um teclado comum, porém as teclas e os swtiches (mecanismo que faz contato elétrico) são resistentes e, ao mesmo tempo, confortáveis e silenciosas ao digitar.

As dimensões do notebook deram um espaço para um teclado numérico, mas um detalhe incomodou: as teclas poderiam ser maiores, pois há espaço entre elas. O fato de serem pequenas incomoda para digitar. Mesmo sendo um notebook para jogos, no quais, não vamos usar digitação, o portátil também vai servir para outras tarefas e o tamanho das teclas pode afetar a produtividade.

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Como o teclado é retroiluminado (somente na cor vermelha, em três níveis de intensidade), é possível usa-lo a noite sem problemas. Quanto ao touchpad, é bem comum e não há nenhum comentário.

Notebook Odyssey 2018: tela

A tela tem 15,6 polegadas, usa tecnologia LED IPS com resolução full HD (1920 x 1080). Vale destacar que ela é antirreflexiva, o que é ótimo para não incomodar e manter o foco nos detalhes dos jogos.

Notebook Odyssey 2018: conectividade

Na lateral direita há duas interfaces USB 2.0, um leitor de cartão tipo SD e a chave Kensington (para se colocar cabo de aço de segurança contra roubo). No lado esquerdo há uma USB 3.0, o conector para carregador de bateria, uma saída de vídeo HDMI, um conector RJ45 para rede cabeada Gigabit e um conector P2 para fone de ouvido. O Wi-Fi usa padrão 802.11 ac e o Bluetooth é a versão 4.1. Nas laterais da parte de baixo há dois alto-falantes com potência de 1,5 watts cada um.

Notebook Odyssey 2018: configuração e desempenho

O Odyssey 2018 usa um processador Intel Core i7 7700HQ (sétima geração) de 2,8 GHz de velocidade e pode chegar ao máximo de 3,2 GHz. A memória é de 16 GB padrão DDR4 e o armazenamento é de 1 TB, por meio de disco rígido com velocidade de 5.400 rpm (rotações por minuto). O chip gráfico utilizado é da nvidia, modelo GTX 1060. O sistema que vem instalado é o Windows 10 home.

Bem, no que isso se traduz? O processador Core i7 de sétima geração modelo HQ ainda é um ótimo processador para quem quer velocidade. Aliado a quantidade de 16 GB de memória, você tem aí um baita “motor” que não deixa nenhum programa lerdo. Mas quem cuida de deixar os jogos rodando em toda sua beleza gráfica, é o chip gráfico. Sem eles, seja da Nvidia ou da AMD, não existe notebook gamer.

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Nos testes, o chip GTX 1060 deu conta de dois jogos muito exigentes em detalhes gráficos, como texturas do terreno, sombras, efeitos de luzes, partículas, e outros efeitos complexos. Um deles foi o Call of Duty World of War II e o outro foi o Battlefield V.

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Com as configurações gráficas dos jogos configuradas no máximo, algumas cenas com mais objetos e pessoas em movimento realmente acabavam ficando com os frames mais lentos e a jogabilidade ficava com um pouco de paradinhas.

Mas eu forcei a barra mesmo com esses jogos, que foram desenvolvidos para desktops e eu quis verificar como se comportavam no notebook. Porém, quando baixei um pouco os detalhes de gráficos, e não foi nada que perdesse definição dos personagens, paisagens ou que alterasse a beleza dos gráficos, foi possível jogar liso, sem travadinhas.

Instalei também Wolfestein II: the colossus, que também tem gráficos sofisticados, porém é um jogo de 2017 e, nesse caso, os gráficos rodaram em toda sua sofisticação sem perder desempenho.

bom, a GTX 1060 e o Cor i7 veloz salvaram os jogos, porém há uma parte ruim. Não ter um SSD em um notebook gamer, ou, ao menos um disco híbrido, prejudica muito a velocidade de boot do Windows, a carga de programas e a instalação de jogos grandes. Battlefield V, por exemplo, tem mais de 70 GB para ser descompactado e instalado. A instalação levou  23 minutos para ser completada.

Tudo bem, a estratégia da Samsung foi oferecer muito espaço (como dito, o HD tem 1 TB), e ganhando também no preço, já que um HD é muito mais barato do que um SSD. Porém, um HD de 5400 rpm é um gargalo apertado, que faz com que, em alguns processos, a CPU e a memória de alta velocidade tenham que esperar o HD gravar os dados antes de continuar com as instruções e cálculos. E, para o bem da verdade, a média de preço do Odyssey 2018 não está boa frente aos concorrentes.

Notebook Odyssey 2018: duração de bateria

A versão 2018 do Odyssey tem uma bateria de 66 Wh (watts/hora). São 22 Wh a mais do que sua versão anterior. Primeiro fiz um teste de uso comum, assistindo a um filme no Netflix (com duração de 1h40), trabalhei com processador de texto e planilha de cálculo e acessei internet em geral, vendo e-mails, realizando pesquisas, acessando alguns sites de serviço e ainda vendo alguns vídeos no Youtube. Nesse uso bem leve, consegui chegar a 6 horas e 30 minutos de autonomia. Bem interessante para trabalhar durante o dia e não precisar de uma tomada.

E depois fiz um teste mais pesado, usei editor de vídeos, editor de fotos, deixei o Youtube rodando vídeos e joguei alguns jogos casuais do Steam, sem muitos gráficos sofisticados. Nessas condições, a bateria levou 3 horas e 50 minutos para descarregar.

Considerando que é um notebook gamer, que tem foco mais no desempenho no que na autonomia de bateria, foram tempos satisfatórios.

Notebook Odyssey 2018: conclusão

Apesar desse notebook não ter aparência de notebook gamer, sua configuração dá conta de games com gráficos sofisticados. Só deveria ter um SSD ou, ao menos um disco híbrido. É bom ter 1 TB de capacidade, mas a velocidade de carga do Windows, por exemplo, leva mais de 2 minutos e 20 segundos. Não apenas isso, mas qualquer carga de programa é lenta. Portanto, apesar do alto desempenho para jogar, para editar vídeos e fotos, sempre que o disco rígido é requisitado com certa frequência, acontece um gargalo no processamento.

Dependendo da pressa que você está, pode ser irritante algumas vezes. Mas também há a parte boa, que é fácil fazer upgrade tanto para um SSD comum quanto para um SSD tipo M2. A tela antirreflexiva é interessante tanto para jogar quanto trabalhar e capacidade de fazer upgrade também é um ponto positivo. Na parte física, tem um corpo em resina emborrachada, que é bastante resistente. A duração de bateria é boa, considerando que é um notebook gamer que sempre foca mais no desempenho.

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Colaboração para o Olhar Digital

Rene Ribeiro é colaboração para o olhar digital no Olhar Digital