Review do Heavy Metal Machines: um Moba de simplicidade e caos

Desenvolvido pela brasileira Hoplon e lançado em 2018, o jogo é uma mistura frenética de carros, destruição, futebol e heavy metal
Renato Mota24/01/2020 20h20, atualizada em 24/01/2020 21h00

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O cenário de games está lotado de jogos com arenas de batalha multiplayer online (famoso “Moba”). Em geral, eles são variações de League of Legends e Dota 2, ou até Smite e Clash Royale. Então, para se destacar, é preciso fazer algo diferente.

Desenvolvido pela empresa brasileira Hoplon, Heavy Metal Machines é bem diferente. Na verdade, é até difícil classifica-lo como um Moba. As partidas se passam numa arena, ok. Existe uma batalha em curso, ok. É multiplayer, ok. Mas destruir o adversário (ou sua base) não é o objetivo final – e sim fazer gols.

Usando referências antigas (que certamente entregam minha idade), é como se Rocket League tivesse as armas de Twisted Metal, as pistas e o visual de Death Rally, e a trilha sonora de Rock N’ Roll Racing.

Esta última referência, um clássico da Blizzard em 16 bits, não é gratuita. Na versão em inglês, o jogo é narrado por Larry Huffman, o mesmo do game do SNES/Mega Drive. Para a versão brasileira, a Hoplon escalou uma voz conhecida do cenário: Bruno Sutter, mais conhecido como Detonator, o Filho do Deus Metal.

Reprodução

As partidas de Heavy Metal Machines consistem em duas equipes de quatro jogadores, cada um controlando um veículo. O objetivo é levar (rebocar?) a bola de metal para o gol adversário, passando por um caminho labiríntico com armadilhas. Os jogadores que não estão com a bola podem cortar caminho, e assim se locomover mais facilmente pelo mapa – seja para defender a bola ou para atacar quem a leva.

São 17 personagens jogáveis, divididos em três classes principais: Interceptador, Suporte e Transportador. Qualquer um pode levar a bola, mas o jogo fica mais estratégico se as funções forem divididas. Os interceptadores são geralmente mais rápidos e bem armados, ideais para perseguir a bola. Os transportadores são como tanques, lentos e resistentes – aguentam muita porrada antes de explodir e perder a bola. Os interceptadores dão suporte, seja curando os outros jogadores ou montando armadilhas.

Cada personagem tem sua identidade visual, sua história e – mais importante – suas armas. Seja longa distância ou curta, o segredo está em dominar as habilidades do seu personagem para saber bem quando e como atacar. Lembrando sempre que você pode ter o maior número de kills na partida, mas ganha quem fizer três gols primeiro.

Reprodução

Os cenários das partidas podem até mudar, mas todos possuem áreas que causam dano ao jogador ou o fazem perder a bola (este último, especialmente quando vai chegando perto do gol). Os controles são extremamente simples, e servem para descomplicar o game enquanto o tornam divertido.

Com o botão esquerdo do mouse você acelera, e com o cursor controla a direção do veículo. Saber ajustar para poder fazer curvas mais fechadas com rapidez pode demorar, mas em poucas horas o jogador pilotará com desenvoltura. O cursor do mouse também serve para indicar a direção dos ataques, que são feitos com os botões Q,W,E e R. Como em qualquer Moba, as habilidades levam tempo para recarregar (cooldown reduction ou apenas CDR), que muda a cada personagem e de acordo com o nível de poder. O botão de Espaço agarra ou arremessa a bola.

Heavy Metal Machines está disponível no Steam e é gratuito para jogar. A Hoplon também promove torneios competitivos com prêmios em dinheiro, então uma pequena cena de e-Sports está em formação. É uma boa opção para quem curte assistir batalhas online, mas nunca foi muito bom de jogo mesmo (quem sabe seu estilo seja mais simples e frenético?!).

Editor(a)

Renato Mota é editor(a) no Olhar Digital