Relembre as tecnologias que foram aposentadas durante 2017

Renato Santino28/12/2017 19h55, atualizada em 28/12/2017 21h10

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O mercado de tecnologia sempre anda para frente. Isso significa que, ao mesmo tempo em que vemos novos produtos todos os anos, novas apostas, novas ideias, também vemos serviços e produtos sendo descontinuados por se tornarem obsoletos.

Em 2017, vimos produtos clássicos e queridos sendo abandonados por deixarem de ser relevantes para os planos de longo prazo de suas empresas. No entanto, também vimos serviços que nunca conquistaram o público beijando a lona após sugarem recursos de seus produtores.

Conheça abaixo as tecnologias que nos deixaram ao longo do ano:

iPod Nano e Shuffle

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O ano de 2017 marcou mais um passo para o inevitável fim do iPod. O reprodutor de mp3 da Apple, símbolo da reviravolta da empresa que estava prestes a falir nos anos 1990 e parte importante da história do iPhone, viu dois modelos serem aposentados definitivamente.

A Apple parou de produzir e vender o modelo Nano e o modelo Shuffle, mantendo apenas o iPod Touch em seu line-up, que é praticamente um iPhone sem acesso a redes celulares. A pergunta é por mais quanto tempo a Apple continuará lançado novos iPods Touch; só Tim Cook sabe.

Kinect

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O fim inevitável de uma saga fadada ao fracasso iniciada em 2013. Boa parte da disparidade de vendas entre PS4 e Xbox One pode ser atribuída à diferença de preço entre os dois no lançamento, que se devia ao fato de que o Kinect era distribuído em conjunto com o console. No fim das contas, a Microsoft abandonou a estratégia, fazendo com que desenvolvedores não tivessem incentivos para criar jogos para a plataforma, efetivamente matando o Kinect para os games.

No entanto, o Kinect sempre foi uma tecnologia interessante, aproveitada para muitos outros fins além dos videogames, o que faz com que a descontinuação da ferramenta seja um pouco mais triste. É mais reconfortante, no entanto, saber que a tecnologia ainda vive em outros dispositivos como o HoloLens.

TV 3D

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Mais uma tecnologia cujo fim já era bastante previsível. Os televisores 3D foram a grande aposta da indústria no início da década, prometendo experiências imersivas. No entanto, a produção de conteúdo em 3D sempre se mostrou deficiente, incapaz de justificar o custo extra.

Este ano marcou o fim definitivo do 3D nos televisores após Sony e LG, as duas últimas grandes empresas que ainda apostavam na tecnologia simplesmente abandonarem o recurso, enquanto a Samsung já havia dado adeus ao 3D em 2016.

Ninguém mais fala sobre 3D, ninguém mais promove o 3D, e ninguém mais compra o 3D, então poucas empresas apostam em criar conteúdo para o 3D, criando um ciclo que mata qualquer tecnologia. A indústria percebeu isso e decidiu seguir adiante, apostando em novos recursos: telas curvas, HDR, OLED, pontos quânticos e assim por diante.

Windows 10 Mobile

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Mesmo moribundo, o Windows para os celulares tem uma base leal de fãs que se decepcionaram quando a Microsoft finalmente veio a público confirmando o que muitos já suspeitavam: não há planos para lançar um novo celular com o Windows 10 Mobile, e o sistema operacional não receberia mais recursos, com atualizações apenas de segurança e manutenção.

É o fim definitivo da Microsoft nos celulares? Não se sabe ao certo. A garantia é que o Windows 10 Mobile está morto. Algumas iniciativas podem deixar o fã esperançoso, sendo a mais interessante delas o Windows 10 on ARM, que é uma nova aposta da Microsoft para rodar o Windows 10 completo em processadores ARM, convencionalmente usado em celulares. Por enquanto, porém, a tecnologia foi usada apenas em notebooks, proporcionando conectividade 4G ao laptop e bateria que dura perto de 24 horas. Mas será que isso não poderia ser usado com um possível Surface Phone no futuro?

Groove Music

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Outra morte que está longe de ser uma surpresa. Na verdade, para muitos a surpresa é que o Groove Music ainda existia. O serviço de streaming da Microsoft nunca caiu no gosto do público, muito mais acostumado ao Spotify.

A concorrência pelo segundo lugar também tinha nomes fortes como o Deezer, que não usa dados em alguns planos da TIM, o Google Play Música, que vem instalado em todos os celulares Android, o Apple Music, que tem ao seu lado a força da marca Apple e outras. O Groove, profundamente vinculado ao Windows e, mais grave, ao Windows Phone, nunca teve muita chance.

Vine

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Com fim anunciado ainda em 2016, o fim da linha chegou para o Vine neste ano, reduzido de uma rede social completa a um aplicativo para criação de vídeos, para tristeza de uma comunidade fiel e entusiasmada.

Por mais que muito conteúdo interessante tivesse sido criado para o Vine, a rede social nunca foi especialmente rentável, consumindo recursos importantes do Twitter, que já é uma empresa deficitária. O resultado é a descontinuação do serviço.

Bônus: Juicero

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A Juicero com certeza não teve o alcance de nenhuma outra tecnologia aposentada neste ano, mas essa foi uma das melhores histórias do mercado durante 2017 e não poderia ser ignorada nesta retrospectiva. Juicero, para quem não lembra, era uma máquina de suco de luxo e conectada; a máquina espremia suco na hora a partir de saquinhos com extratos de frutas e vegetais vendidos separadamente. É uma ideia ruim? Sim, mas a história piora.

Lançada a US$ 700, a máquina logo teve seu preço cortado para US$ 400 quando uma reportagem da Bloomberg descobriu que era possível espremer os saquinhos de suco com as mãos, dispensando o uso de uma máquina caríssima. Pouco tempo depois da redução de preço, a empresa demitiu 25% de seus funcionários e dois meses depois fechou as portas definitivamente, antes mesmo do lançamento de uma segunda versão menos inútil e mais barata do Juicero.

Renato Santino é editor(a) no Olhar Digital