Pokémon Go tem ligação com a CIA? Entenda esta teoria da conspiração

Renato Santino25/07/2016 17h27, atualizada em 25/07/2016 17h30

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Pokémon GO é, indubitavelmente, um dos jogos de maior sucesso dos últimos anos. E olha que ele só foi lançado para pouquíssimas pessoas até o momento. Como o grande hit que é, o game já começou a despertar sérias teorias da conspiração, que possuem, sim, uma grande base verdadeira.

Sim, Pokémon GO tem uma relação indireta, mas real, com a CIA. Vamos tentar explicar:

O jogo foi criado pela Niantic Inc., uma ex-subsidiária do Google que se separou do conglomerado Alphabet no ano passado. A empresa foi criada em 2010 pelo CEO John Hanke, que chegou ao Google por meios curiosos.

John Hanke foi o fundador de outra empresa, chamada Keyhole Inc. Esta empresa, criada em 2001, foi adquirida pelo Google em 2004, para dar origem ao Google Earth. Até hoje, a tecnologia da empresa sobrevive em produtos como o Google Maps, mesmo que a empresa em si tenha se diluído dentro do gigante das buscas.

É aí que a teoria da conspiração começa a ficar estranha. Antes de ser adquirida pelo Google, a Keyhole mantinha relações diretas com a CIA, o órgão de inteligência do governo americano. Isso não é invenção, é um fato. Um dos grupos que investiam na empresa era a In-Q-Tel, um braço da CIA responsável por capital de risco.

Daí está estabelecida a curiosa relação entre Pokémon Go, John Hanke, Google e CIA. A questão que fica é: o jogo é realmente uma arma de monitoramento em massa como os conspirólogos afirmam? Dificilmente, mas ainda assim há alguns pontos suspeitos.

Por exemplo: quando o jogo foi lançado, ao fazer o login com seu perfil no Google, o game ganhava acesso total à sua conta do Gmail, o que é algo que nenhum aplicativo deveria solicitar. O problema foi corrigido depois de algum tempo, após especialistas em segurança chamarem a atenção da Niantic e da Nintendo.

Outra questão observada pelos teóricos da conspiração, é que o jogo pede praticamente todas as permissões possíveis na hora de ser instalado, o que inclui informações de GPS e imagens da câmera do celular. Não é possível provar nem desmentir que algum monitoramento nefasto está acontecendo; o que se pode atestar é que, pela natureza do jogo, estas informações são, de fato, necessárias para o seu funcionamento, e elas não são muito diferentes do que as permissões solicitadas por redes sociais como Facebook e Snapchat.

Renato Santino é editor(a) no Olhar Digital