O 4K ainda está tomando o lugar do Full HD nas telas, mas o 8K já é uma realidade – ao menos para alguns profissionais de edição. Renderizar algo na resolução, no entanto, demanda um poder computacional enorme, e até alguns dias fazer isso em tempo real era inviável com as GPUs existentes no mercado. Mas a Nvidia, trabalhando em conjunto com a fabricante de câmeras RED, conseguiu o feito com apenas uma GPU RTX Quadro baseada na arquitetura Turing, anunciada nesta semana.
Um quadro de um vídeo em 8K tem resolução de 8192 x 4320, e em segundo de filme tem, normalmente, 24 quadros. Fazendo as contas, isso significa que uma placa de vídeo profissional da nova linha da marca consegue processar 250 bilhões de pixels por segundo em tempo real – e, aparentemente, sem deixar nenhum frame para trás.
Pode parecer um exagero, mas usar material bruto em resolução 8K pode ajudar bastante o trabalho de um editor. Como explica a própria Nvidia, isso dá “mais flexibilidade para estabilizar a imagem, recortar e dar zoom para reenquadrar uma cena sem perder qualidade”.
Usar vídeos com mais qualidade ainda ajuda na aplicação de efeitos especiais e pode reduzir o ruído na hora de renderizar para uma resolução mais baixa. O formato inclusive já é suportado por editores mais populares, como o Adobe Premiere Pro. Mas, até então, não era tão fácil trabalhar com 8K, já que fazer a renderização em tempo real – como é necessário – dependia muito das CPUs, o que gera perda de quadros e lentidão no processo.
Porém, segundo a RED, a novidade nem está tão relacionada ao hardware, e sim a uma mudança de código, que levou parte do processamento de imagem para a GPU em vez da CPU. Assim, ainda que o teste tenha sido feito em uma Quadro com arquitetura Turing, é possível que até mesmo usuários com uma GeForce GTX 1080 Ti notem uma boa melhora na renderização e na reprodução de conteúdo em 8K. Agora, só vão faltar as telas para aproveitar toda a qualidade.