A Thunder Predator, uma equipe profissional de “Dota 2” do Peru, foi desclassificada do torneio The International 2018 após vencer o time brasileiro SG numa partida classificatória em 19 de junho, informou o site Motherboard. Tudo por conta de um mouse “ilegal”.
Segundo a organização da torneio, o jogador AtuuN usou um mouse pré-programado para executar macros durante a partida. Macros são scripts que permitem ao usuário realizar uma sequência de funções pressionando uma sequência mais simples de botões – ou, às vezes, somente um botão.
O uso do que a organização chamou de trapaça foi notado por usuários do Reddit que acompanhavam a partida entre Thunder Predator e SG. Num dado momento, o jogador AtuuN conseguiu realizar um movimento preciso que levantou dúvidas.
O e-atleta conseguiu teletransportar diversos clones do personagem Meepo de uma vez só sobre um rival. A jogada levaria, normalmente, alguns segundos para ser realizada porque é preciso selecionar cada clone manualmente. Mas, no lance, os clones se moveram exatamente ao mesmo tempo.
A Thunder Predator negou que AtuuN tivesse usado qualquer código ou software para trapacear no jogo, mas admitou que o jogador usava um mouse de alta precisão da Razer que usa o software de configuração Synapase 3. O software em questão permite programar macros.
A Faceit, organização por trás do campeonato, não se convenceu e anunciou a desclassificação da equipe peruana. Segundo os organizadores do torneio, o uso de hardware programável é equivalente ao uso de software de trapaça.
O caso volta a levantar polêmica acerca do que pode ou não ser considerado trapaça numa competição de esportes eletrônicos, como o game “Dota 2”. Afinal, em esportes tradicionais, é mais fácil identificar resultados combinados ou uso de substâncias de melhoria de performance.