Sony deve reduzir a produção inicial do PS5 por causa do coronavírus

Impacto econômico da Covid-19 deve reduzir demanda inicial pelo console nos primeiros meses de lançamento
Renato Santino16/04/2020 18h20

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Pode ser mais difícil do que se previa conseguir comprar um PlayStation 5 no lançamento, previsto para o fim de 2020. Isso porque, ao que tudo indica, a Sony resolveu limitar a produção prevendo uma demanda menor do que o esperado por dois motivos: preço mais alto e a pandemia da Covid-19, que pode impactar o poder de compra do consumidor.

De acordo com a Bloomberg, pessoas ligadas à Sony que não se identificaram apontaram que a empresa pretende produzir entre 5 milhões e 6 milhões de unidades do PS5 até o fim de março, quando se encerra o ano fiscal da companhia.

O número em si não quer dizer muita coisa, mas basta comparar com a época do lançamento do PS4 para perceber a diferença. A Sony havia produzido 7,5 milhões de unidades durante o mesmo período entre 2013 e 2014, nos primeiros meses de vida da geração. Em abril de 2014, o PlayStation 4 já estava nas mãos de 7 milhões de consumidores.

Se a demanda se repetir, o que não parece ser a previsão da Sony, é provável que seja difícil adquirir o PS5 em seus primeiros meses de lançamento por falta de estoque.

Segundo a publicação, estima-se que o preço de lançamento do PS5 não fique abaixo de US$ 500, podendo chegar a até US$ 550. O custo seria resultado de componentes mais caros, como o SSD que é parte crucial da experiência proposta pela Sony em apresentação recente. Para comparação, o PS4 chegou ao mercado custando US$ 400, o que proporcionou uma vantagem inicial contra a Microsoft, que anunciou o Xbox One por US$ 500.

Quando se analisa o suposto preço do PS5 levando em conta a inflação acumulada de sete anos, não é um reajuste muito alto. No entanto, a visão da Sony é de que menos consumidores estarão dispostos a desembolsar o valor em um item de luxo como um console de videogames diante da crise econômica global desencadeada pelo coronavírus.

Também vale notar que a publicação aponta que a pandemia não afetou a capacidade de produção da Sony, então a redução seria uma decisão estratégica da empresa.

Renato Santino é editor(a) no Olhar Digital