Uma das experiências mais legais do trabalho de testar produtos é nos surpreendermos com alguns deles. É o caso do Desktop para games da marca nacional Rawar. Em seu site há vários modelos pré-configurados, desde o mais básico até modelos para entusiastas por jogos e também é possível montar uma configuração que o usuário deseja.

O modelo testado é o mais básico, um desktop que leva o nome de Rawar Fortbattle. Esse aparelho tem o preço à vista de R$ 2.560 ou R$ 2.900 em 10 vezes (preço cotado no site da empresa na data da publicação). É um preço bem interessante quando se fala em computadores para jogos.

Desktop Rawar Fortbattle: a primeira impressão foi muito boa

Primeiro é preciso avisar que esse preço não inclui teclado, mouse e monitor. Estamos falando apenas do gabinete e seus componentes internos. Mesmo assim, ainda vale a pena. Acessórios para jogos podemos comprar à parte, e as preferências sempre variam de pessoa para pessoa.

Ao tirar da caixa verifiquei que o gabinete é um Dwarf middle range. O tamanho é compacto, diferente de gabinetes monstros de PCs gamers. No entanto, o espaço interno é amplo e mesmo placas de vídeo grandes podem ser instaladas nele. A tampa lateral tem acrílico vermelho e as bordas internas do PC usam fita de LED, o que manteve aquele visual característico de PCs para jogos, que costuma dividir opiniões.

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O acabamento é ótimo e a ventilação também. São duas ventoinhas de 120 milímetros, instaladas na parte frontal e traseira. No topo há uma grade com pequenos furos, que também ajuda na refrigeração. A fonte fica na posição com a ventoinha para baixo e, no fundo, claro, também existe uma grade para expelir o ar quente. Resumindo: um gabinete compacto, mas com espaço e boa refrigeração. E vale citar os cabos muito bem organizados.

Desktop Rawar Fortbattle: configuração e desempenho

Bom, gabinete legal, bem montado e bem refrigerado. Ponto positivo para a Rawar. Mas o teste derradeiro era mesmo ver o que ele podia fazer, pois vi que a configuração era básica para um desktop de categoria gamer.

Esse modelo de entrada da Rawar usa um processador Intel Core i3 7100, de sétima geração, rodando a 3,9 GHz, 8 GB de RAM, marca HyperX, DDR4-2400, disco rígido Toshiba SATA 3.0 com 1 TB de capacidade e Windows 10 Home 64 bits. A placa de vídeo é uma Asus Nvidia GTX 1050 com 2 GB de memória RAM DDR5. E a placa-mãe é uma Gigabyte H110M-M.2.

Eu também me assustei quando vi um Core i3 em um PC gamer, mas fui aos testes para verificar! E foi nesse ponto que fiquei contente com esse desktop. Apesar de básico, ele deu conta do recado para jogos exigentes como “Wolfenstein II: The New Colossus”, “Battlefield V” e “Call of Duty: Infinite Warfare”.

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E vamos lá explicar direitinho esse “bom desempenho” dessa máquina. Primeiro, o maestro dessa configuração gamer é a placa de vídeo. Apesar de ser um modelo de entrada, ela é uma das últimas gerações da Nvidia e, para jogos, isso é o que importa. Não foi possível rodar “Battlefield V” com todos os recursos gráficos no máximo, pois isso prejudicava um pouco o desempenho. O mesmo aconteceu com “Call of Duty: Infinite Warfare”, mas nesse já foi possível abusar um pouco dos recursos gráficos. E “Wolfenstein II: The New Colossus” surpreendeu com as configurações do jogo em modo Ultra e tudo rodou liso.

Ou seja, esse desktop de entrada consegue suportar jogos sofisticados, com definições gráficas muito boas e garantir a diversão para quem não pode gastar os tubos para comprar um computador para jogar.

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Mas vale uma observação: a placa de vídeo garante a diversão, mas fora dos jogos, quando usamos esse desktop para trabalhar, o desempenho não será alto. A CPU Core i3, apesar da frequência alta de quase 4 GHz, tem apenas dois núcleos físicos, o que deixa operações multitarefas um tanto lentas.

O fato de não ter um SSD também acaba prejudicando o desempenho. Ao ligar, o computador leva 58 segundos para deixar o Windows pronto para uso. Portanto, ele é realmente uma opção econômica para quem quer jogar e ter um computador para tarefas mais leves, como pacotes de escritório, por exemplo. Mas nada impede um upgrade se o usuário julgar necessário.

Há espaço de sobra para colocar um SSD, por exemplo, para fazer programas carregarem mais rápido. No caso de upgrade da placa de vídeo, será necessário substituir também a fonte de alimentação, pois ela tem apenas 400 Watts e, para placas mais potentes, é recomendado, no mínimo, 600 Watts para evitar surpresas desagradáveis

Desktop Rawar Fortbattle: conectividade

Para finalizar, faltou dizer que esse PC é bem servido de interfaces. São 6 USBs na parte traseira: 4 USBs 2.0 e 2 USBs 3.0. Na parte de cima do gabinete (útil para o caso de o gabinete ficar no chão, pois facilita o acesso) são mais duas USBs 2.0 e uma 3.0.

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Na parte de trás ainda há saídas de vídeo da própria motherboard, com uma DVI, outra HDMI e uma VGA. As saídas de áudio estão na traseira e também na parte de cima, com entrada para microfone (para headsets gamers é bem prático) e o padrão de áudio é a famosa Realtek.

Desktop Rawar Fortbattle: resumo e conclusão

Esse desktop gamer tem ótima relação custo-benefício. Não é para aficionados gamers, mas para quem curte jogos com gráficos sofisticados, mas não está a fim de tirar toda sua economia do banco para isso. Também não é para aqueles que gostam de ficar testando configurações, como brincar de overclock, por exemplo. Aliás, quem vai fazer overclock em uma CPU Core i3? Não compensa. Portanto, é um computador que serve bem a jogos, para tarefas simples, mas que vem pronto para a diversão, sem ficar “fuçando” muito. Upgrades são possíveis, como por exemplo, um armazenamento SSD tipo M2, o padrão mais atual até esse momento, que atinge grande velocidade e dá um fôlego extra para esse desktop.