Review de ‘Crash Bandicoot 4: It’s About Time’: um ótimo retorno às origens

Game chega trazendo nostalgia e uma boa dose de desafios para a franquia
Luiz Nogueira22/10/2020 20h21, atualizada em 22/10/2020 21h10

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Quando se pensa em jogos que marcaram época, Crash com certeza é um deles. Lançado originalmente em 1996 para PlayStation, o primeiro título misturava elementos de plataforma com um carismático marsupial que logo ganhou o status de mascote.

Com diversas continuações – umas não tão boas -, o game fez história. No entanto, com um sumiço repentino, muitos se perguntaram que fim levou o personagem.

Eis que, recentemente, uma versão remasterizada da trilogia original foi lançada e reacendeu a fama de Crash, trazendo a nostalgia dos títulos anteriores somada com novos elementos que fizeram do game um sucesso. Obviamente, isso fez com que o personagem não parasse por aí.

Agora, finalmente podemos jogar ‘Crash Bandicoot 4: It’s About Time’, game que não só respeita as origens, como dá novo fôlego para a famosa série.

Personagens e história

A começar pelos personagens. A maior parte dos originais está de volta. Crash, obviamente, é o protagonista, mas também temos o retorno de velhos conhecidos, como Coco, Tawna – mesmo que diferente – e dos vilões Uka Uka, Neo Cortex e N. Tropy.

Durante a aventura, Tawna salva constantemente a pele do marsupial. Em fases exclusivas, tomamos conhecimento do que ela enfrentou até encontrar o herói. Isso serve para deixar a história mais rica e cheia de possibilidades.

Reprodução

A história de ‘Crash Bandicoot 4: It’s About Time’ é uma continuação direta de ‘Crash Bandicoot: Warped’. Após anos como prisioneiros, Neo Cortex, N. Tropy e Uka Uka conseguem escapar ao criarem uma falha no espaço-tempo.

Após o esforço para a fuga, Uka Uka cai em um sono profundo, mas N. Tropy, com base no feito do vilão, cria uma máquina para abrir mais portais no espaço-tempo para se locomover por várias dimensões.

Agora, Crash e Coco têm de salvar o dia novamente. Felizmente, eles terão ajuda das Máscaras Quânticas, despertadas após as mudanças feitas pela fuga dos vilões em outras dimensões. Elas garantem que nossos heróis consigam alterar a realidade para passar pelas fases.

Mecânicas de jogo

A dificuldade do game está equilibrada – apesar de ter momentos de gameplay bastante frustrantes. Um medo pessoal é que o game seguisse o que foi visto na demonstração divulgada pela Activision pouco antes do lançamento. Naquele momento, tivemos acesso a três níveis.

Em todos eles a dificuldade, ao que parece, foi um pouco mais elevada do que o encontrado no jogo completo. Isso poderia atrapalhar a experiência dos jogadores menores com o título. Felizmente, isso ficou restrito à demonstração. O game consegue agradar a todos.

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O que considero um dos grandes trunfos do título são as batalhas de chefes. Todas elas são muito criativas e pouco repetitivas. Em uma das mais legais, temos de derrotar um inimigo que é um DJ.
Em sua batalha – que lembra bastante jogos de ritmo, como ‘Guitar Hero’ – nossos reflexos são testados para desviar de ondas sonoras enquanto tentamos nos aproximar do chefe para golpeá-lo.

Variação de fases

As fases são diversificadas e contam com um level design que encoraja a exploração. Ao fim de cada uma, suas estatísticas são mostradas, apontando quantos itens não foram coletados. Isso contribuiu para o fator replay, já que é possível sempre voltar à mesma fase para tentar se sair melhor na coleta de itens.

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Para dar uma camada ainda maior de possibilidade e variedade, o jogador encontra ao longo dos níveis máscaras que dão poderes distintos. Enquanto uma é usada para controlar o tempo, outra pode criar objetos para que o personagem suba.

As fases em que controlamos Tawna são destravadas conforme se avança, elas elevam um pouco a dificuldade do game, mas são bem divertidas e apresentam uma nova visão sobre alguns dos acontecimentos, por isso, elas são muito importantes.

Modos de jogo

Antes do jogador iniciar sua jornada pelas fases, há uma pergunta que pode confundir muitas pessoas. O título oferece dois modos de jogo: moderno e retro.

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Ambos são diferentes, pois oferecem formas de jogatina bastante distantes uma da outra. Na primeira, a moderna, podemos dizer que a vida do jogador é mais fácil. Isso porque, quando o personagem fica sem vidas, o game continua do último ponto de controle.

A opção retro vem diretamente dos games antigos do marsupial. Caso o usuário perca o número de vidas, que é bastante limitado, a fase deve ser reiniciada, não importa se os pontos de controle foram coletados. Isso dá um desafio extra para os mais corajosos.

Conclusão

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‘Crash 4’ é um verdadeiro retorno às origens. Mesmo com vários novos elementos, o game mantém sua atmosfera nostálgica e desafiadora, perdida em alguns games anteriores do personagem. A diversidade de cenários e situações faz do game um dos grandes destaques deste fim de geração.

‘Crash Bandicoot 4: It’s About Time’ está disponível em versão digital para PlayStation 4 e Xbox One pelo preço sugerido de R$ 250.

Para testar o game, a Activision enviou ao Olhar Digital uma cópia jogo para Xbox One.

Luiz Nogueira
Editor(a)

Luiz Nogueira é editor(a) no Olhar Digital