Nvidia pode comprar empresa de chips ARM

Grupo japonês SoftBank, que adquiriu a ARM em 2016, estaria buscando interessados em assumir o controle da empresa
Daniel Junqueira24/07/2020 17h41, atualizada em 24/07/2020 17h43

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A Nvidia estaria interessada em comprar a ARM, empresa de chips que pertence ao grupo japonês SoftBank. De acordo com a Bloomberg, o acordo pode ser o maior da história da indústria dos semicondutores, embora possíveis valores não tenham sido comentados.

A ARM foi comprada pela SoftBank em 2016 por US$ 32 bilhões. Agora, segundo a Bloomberg, o grupo japonês busca interessados em assumir a empresa de chips, que tem sede em Cambridge, na Inglaterra. O conglomerado estuda tanto se desfazer de parte quanto de toda a sua participação nos negócios da ARM.

A Nvidia é conhecida por suas placas gráficas, mas também vem investindo em novas áreas como inteligência artificial e carros autônomos.

Apesar de ser a principal interessada no negócio, outros potenciais compradores podem surgir no futuro. À Bloomberg, Softbank, Nvidia e ARM não fizeram declarações sobre o possível negócio.

Nvidia gigante?

Caso o negócio se concretize, a Nvidia se tornaria uma ameaça a empresas como Intel, Qualcomm e AMD, todas fabricantes de microprocessadores usados em computadores e celulares espalhados pelo mundo.

A ARM não produz chips, apenas projeta e cria instruções que são licenciadas para outras empresas fabricarem os próprios processadores. A Apple, por exemplo, é uma dessas parceiras. E, com o recente anúncio de que os Macs vão passar a rodar processadores Arm, a tendência é que o negócio seja bastante lucrativo para quem adquirir a ARM.

A Apple, inclusive, teria sido consultada sobre uma potencial aquisição, mas, segundo a Bloomberg, a empresa não planeja fazer uma oferta. A Apple consideraria que as operações da ARM não se encaixam bem no modelo de negócios da empresa, e também temeria questionamentos de órgãos reguladores por ser proprietária de uma licença amplamente usada por muitos de seus concorrentes.

Via: Bloomberg

Ex-editor(a)

Daniel Junqueira é ex-editor(a) no Olhar Digital