A inteligência artificial (IA) DeepMind, atualmente de propriedade da Alphabet Inc. (holding que controla o Google), já é conhecida por suas vitorias em partidas de videogame contra humanos. Jogadores profissionais de StarCraft II e o melhor do mundo em xadrez já foram derrotados por ela. Dessa vez, a IA virou notícia por se tornar a primeira a ganhar o jogo multiplayer online Quake Arena III.

Apesar dessa ser mais uma de suas conquistas, o interessante é que a tecnologia conseguiu manter um bom relacionamento de equipe e foi capaz de identificar corretamente quando atacar e defender. Dessa forma ela se torna a primeira inteligência artificial capaz de vencer em um jogo multiplayer online e explicar o procedimento para ter alcançado este objetivo.

O projeto da DeepMind é parte de um esforço para construir uma inteligência artificial que pode jogar videogames tridimensionais extremamente complexos, incluindo Quake III, Dota 2 e StarCraft II. Muitos pesquisadores acreditam que o sucesso na arena virtual acabará resultando em sistemas automatizados com habilidades aprimoradas no mundo real.

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Em um artigo publicado na Science, os pesquisadores relataram que eles projetaram agentes automatizados que exibiam comportamento humano quando jogavam a bandeira “game mode” dentro do Quake III. Esses foram capazes de se unir contra players humanos ou jogar ao lado deles, adaptando seu comportamento de acordo com a situação.

O Google explica que eles usaram um conjunto de 30 desses agentes, para gerar colegas e oponentes, tendo assim total controle sobre o aprendizado do algoritmo. Depois de milhares de horas de treinamento em diferentes jogos, eles organizaram um torneio de avaliação, no qual a IA teve que se aliar aos humanos para competir contra outras pessoas, e os resultados foram devastadores. O tempo de reação da tecnologia era muito superior, apresentando a precisão de de 80% contra 48% do algoritmo versus a reação humana.

Por mais impressionante que tenha sido o desempenho dessa tecnologia entre os gamers, muitos especialistas em inteligência artificial questionam quando – e se –  isso acabará se traduzindo em soluções de problemas do mundo real.

 

Via: Genbeta