Os pesquisadores Guillaume Lample e Devendra Singh Chaplot criaram uma inteligência artificial usando redes neurais que se especializou em derrotar jogadores humanos no clássico jogo de tiro Doom. Os cientistas da Carnegie Mellon university publicaram também um artigo detalhando seu sistema no Arxiv.

A maneira como o “robô” joga Doom é semelhante a que humanos utilizam: ele analisa a posição e orientação do personagem, bem como seus dados (saúde, munição, etc), situa-se no mapa, busca por itens e atira nos oponentes. A rede, no entanto, se ivide em dois sistemas: um deles para navegação (voltado para ajudá-la a se guiar pelo mapa e pegar ítens, e um para tiros (que identifica quando um inimigo está na tela, aponta para ele e dispara).

Treinamento

Como a inteligência artificial foi criada por meio de uma rede neural, os cientistas precisaram oferecer feedback positivo e negativo para fortalecer deteminados comportamentos (e enfraquecer outros). Feedback negativo foi dado quando o robô tomava dano ou morria. Por outro lado, quando o robô pegava itens, matava oponentes e se movia bastante, ele recebia feedback positivo.

Por meio desses ciclos de treinamento e feedback, o robô aprendeu a jogar o modo multiplayer de Doom, e superou tanto a inteligência artificial do jogo quanto jogdores humanos. Um vídeo do robô em ação aniquilando seus oponentes pode ser visto abaixo:

Utilização

Não se trata meramente de uma pesquisa curiosa: o desenvolvimento de uma inteligência artificial capaz de aprender jogos por meio deciclos de treinamento e feedback tem uma séire de aplicações interessantes. Para jogos, particularmente, ela abre as portas para a criação de oponentes virtuais mais “inteligentes”, ou mesmo para um modo de jogo multiplayer em que todos os jogadores humanos precisam se unir contra um bot – que se torna mais difícil cada vez que é derrotado.

Entretanto, como ressalta o TechCrunch, a pesquisa também é bastante perturbadora. As atitudes e as mortes dos jogadores em Doom  podem ser apenas virtuais – mas para a inteligência artificial, tudo é virtual.