E o que todo mundo já esperava aconteceu: temos um novo Xbox a caminho, conhecido apenas como “Project Scorpio”. Um novo console que será lançado no final do ano que vem com muito mais potencial gráfico do que a atual máquina.
A Microsoft não esconde a motivação por trás do novo console, que é a realidade virtual. A grande inovação do momento na área de games está rolando apenas na área de PCs, e os consoles como estavam (tanto o Xbox quanto o PS4), incapazes de igualar o poder gráfico das novas placas de vídeo, ficaram rapidamente defasados. Assim, foi necessário uma atualização especial.
“A coisa mais importante do Scorpio é que se trata de um aumento drástico de capacidade de hardware para nós”, explicou Phil Spencer em entrevista ao site The Verge. “Nós vimos os games em 4K e o VR de alta qualidade no PC e queríamos trazer para o console. O Scorpio é um Xbox One capaz de rodar jogos em 4K e é criado com a capacidade para suportar VR high-end que você vê no PC. Quando for lançado, será o console mais poderoso já feito”.
Em relação a especificações técnicas, sempre há um pouco de mistério dentro de uma caixa fechada como um console. A Microsoft diz que ele é capaz de 6 teraflops, (ou 6 quatrilhões de operações de ponto flutuante por segundo), o que é bastante.
A empresa, porém, reafirma que todos os seus consoles continuarão rodando todos os jogos. A diferença é que o Scorpio poderá rodar jogos com maior potencial gráfico, maior resolução e taxa de quadros, enquanto o Xbox One S e o Xbox One convencional rodarão os jogos como conhecemos hoje.
O exemplo de Spencer é o Halo 5, que foi travado na taxa de 60 quadros por segundo, o que faz com que, em momentos muito exigentes, a resolução fique abaixo dos 1080p prometidos para manter a fluidez do jogo. No Scorpio, a resolução seria a máxima durante o tempo inteiro, mantendo a taxa de quadros.
Na área de realidade virtual, existe uma expectativa há muito tempo de que haja uma parceria com a Oculus (empresa que pertence ao Facebook) para oferecer o Oculus Rift no Xbox One. Na verdade, no ano passado, chegou a ser anunciado que o visor seria compatível, mas as capacidades eram muito mais limitadas. A ideia, na ocasião, era que o jogador com o Rift fosse “transportado” para uma sala com uma tela gigante com o jogo rodando. Não é, na verdade, uma experiência real de VR. Sobre a possível parceria, Spencer ainda é reticente e não anuncia nada.
“Não temos nada a anunciar, mas quando você pensa em consoles e na sua faixa de preço… ter algo com 6 teraflops com milhões de compradores é bastante atraente para algumas empresas de VR, e nós arquitetamos o console de uma forma que é possível apenas ligar o visor no console e tudo funcionar”, afirmou Spencer, deixando a porta aberta para outros dispositivos além do Rift.
Ele também entra no assunto dos motivos de anunciar algo tão cedo. Consoles novos, em geral, são anunciados no ano de seu lançamento, mas o Scorpio só sai no fim do ano que vem. “É louco anunciar algo tão cedo, mas quando eu me ponho no lugar do consumidor, eu gostaria de fazer a escolha de qual console eu compro com o máximo de informação possível. Nós queríamos dar a informação para fazer essa decisão. Também queríamos falar com os desenvolvedores que estão aqui [na E3] hoje, que estão criando jogos para o fim do ano que vem e dizer o que eles têm à disposição no lado de consoles”.