Desde que os games invadiram os celulares e se tornaram parte do dia a dia de quase todo mundo, o mercado tem evoluído bastante. O segmento movimenta, hoje, bilhões de dólares em todo o mundo – e as expectativas são de ainda mais crescimento nos próximos anos.
O Brasil é, hoje, o segundo mercado da América Latina quando se fala em jogos digitais, mas isso pode mudar a qualquer momento. Isso porque o país está atualmente atrás do México, mas a distância entre eles é mínima: enquanto um movimenta US$ 1,4 bilhão, o outro atinge US$ 1,5 bilhão.
Boa parte dessa escalada está diretamente relacionada com os smartphones. Afinal, sua popularização foi determinante para levar os jogos digitais às mãos de quem nem sequer tinha o hábito de jogar. E as características desses dispositivos, que são portáteis e móveis, os tornam mais bem aceitos em muitas ocasiões.
Apesar do crescimento do uso dos celulares como plataforma, não há queda em outros ambientes. Isso quer dizer que tem, sim, aumentado o número de jogadores, já que o público dos consoles e dos computadores continua fiel – o PC, aliás, ainda é o universo que tem mais jogos disponíveis.
Em 2020, há expectativa de muitas novidades para os jogadores de consoles. Há muitos boatos de que tanto o PlayStation quanto o Xbox já estão finalizando suas novas versões para apresentá-las no ano que vem.
Isso sem contar a chegada do Stadia, o serviço de streaming de games do Google, que usa a nuvem para armazenar os jogos. Como não precisa de console, o Stadia inaugura uma nova era no segmento, mas é provável que a concorrência venha mesmo das empresas tradicionais.
Quando se fala em títulos, as tendências para 2020 parecem passar pelos remakes. Produções que fizeram sucesso no passado têm atraído bastante interesse e já há especulação sobre algumas das obras que devem ser relançadas: Final Fantasy e Resident Evil III estão entre elas.
Com novidades recorrentes nesse segmento, é natural que o mercado esteja bom também para os desenvolvedores de jogos digitais. Por isso, eles são cada vez mais numerosos no Brasil – e, o melhor, têm habilidades bastante diversificadas.
E, por aqui, um dos diferenciais da área de games é o fato de ela não ser restrita ao eixo Rio-São Paulo, como a maioria das indústrias nacionais.
Mesmo assim, não basta ‘gostar’ de jogar ou mesmo ser um bom jogador para se destacar como profissional da área. Com a exposição da carreira em diferentes mídias, pode-se ter uma ideia errada sobre ela.
O segmento cresceu tanto em anos recentes que até o setor público já apostou nele por meio de editais da Agência Nacional do Cinema, a Ancine, e da empresa de cinema e audiovisual de São Paulo, a SPcine. Em 2019, não houve novas chamadas, mas a Abragames espera que elas voltem logo.
E você, tem jogado bastante?