8 jogos brasileiros que vale a pena conferir na BGS 2015

Redação09/10/2015 21h17, atualizada em 09/10/2015 22h00

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Algumas das maiores distribuidoras e desenvolvedoras de games do mundo estão apresentando seus produtos em estandes colossais na Brasil Game Show, maior feira de jogos eletrônicos da América Latina realizada esta semana em São Paulo. Porém, quase escondido nos cantos mais distantes do centro de convenções Expo Center Norte, estúdios brasileiros mostram suas criações para o público experimentar e opinar.

São trabalhos feitos por equipes pequenas – às vezes, apenas três ou quatro pessoas – que mostram a paixão de jovens estudantes, programadores e designers pelo mundo dos games. Separamos alguns dos melhores títulos independentes em exposição que você precisa conhecer e prestigiar caso visite a BGS este ano.

Aritana e a Pena da Harpia

Lançado para PC em 2015, esse divertido plataforma de rolagem lateral já ganhou diversos prêmios em diferentes festivais e está à disposição de quem visitar o Pavilhão Indie na BGS. No game, você controla Aritana, um jovem índio que precisa encontrar o último ingrediente para o ritual que salvará a vida do cacique de sua tribo: a tal Pena da Harpia.

A jogabilidade lembra clássicos como Donkey Kong, Tarzan e Rayman, com fortes referências à cultura indígena brasileira, como o respeito à natureza e a vibrante paleta de cores. Desenvolvido pelo estúdio paulista Duaik, o game faz parte do programa ID@Xbox, que leva títulos independentes para o console da Microsoft.

Better Late Than Dead

Criado pelo produtora paulista Odin Game Studio, este jogo segue as desventuras de um homem perdido em uma ilha deserta. Os desenvolvedores contam que a ideia original era que o objetivo fosse sair da ilha, mas, com o tempo, viram que a graça mesmo era criar um ambiente hostil e perigoso onde o jogador tivesse que fazer de tudo para sobreviver ali mesmo, como no filme “Náufrago”.

Basicamente, você precisa saciar a sede e fome do personagem, além de procurar abrigo durante a noite e proteger-se dos perigos da ilha – incluindo animais selvagens e as força da natureza, claro. Para isso, é preciso explorar o cenário em busca de materiais que possam ser usados na produção de ferramentas.

Super Button Soccer

É impossível chegar ao Pavilhão Indie da BGS e não ver Super Button Soccer. Como o nome e a imagem acima indicam, trata-se de um simulador de futebol de mesa (ou de botão), populares no Brasil na década de 1990. O game reconstitui com simplicidade e muita nostalgia o clássico jogo de tabuleiro, apelando para os gamers mais velhos e atraindo também os mais jovens.

Libertatem

Criado por uma pequena equipe de desenvolvedores do Rio de Janeiro, a DNAe Studios, este game de puzzle e suspense em primeira pessoa mostra bastante potencial. No papel de um misterioso detetive particular, o jogador deve investigar o desaparecimento do irmão, recolhendo pistas, resolvendo quebra-cabeças e montando sua própria interpretação da história.

O design minimalista dos cenários, com poucos detalhes coloridos, enquanto quase tudo aparece em preto e branco, dá o tom de filme noir ao game. O projeto faz parte do programa Greelight da loja de games online Steam, onde os próprios usuários aprovam ou não os títulos que querem ser vendidos pela plataforma. É possível também apoiar a DNAe Studios investindo em sua campanha no Kickante.

Lumen

Reprodução

Inspirado em Donkey Kong – mas com referências claras a Limbo e Child of Light – Lumen é um jogo em desenvolvimento para Android, iOS e PC. Nesse plataforma de rolagem lateral, o jogador controla Little White, o fragmento de um espírito de luz que se perdeu de sua “mãe”. O game ainda está em estágios iniciais de desenvolvimento, nas mãos da Requiem Studio (Salvador, Bahia).

Guerreiros Folclóricos

Reprodução

Talvez o game brasileiro mais chamativo da feira, Guerreiros Folclóricos tem orgulho não apenas de ostentar um título em português como também explorar as múltiplas faces da mitologia brasileira. Personagens do folclore como o Saci-Pererê e o Boto Cor-de-Rosa ganham uma repaginada visual, num game de ação em terceira pessoa com referências em God of War e Dark Souls.

Com apenas três meses de desenvolvimento, o projeto caminha ainda na direção de finalizar o roteiro e aprimorar outros quesitos técnicos, como taxa de frames e animações. Mas o protótipo disponível na BGS dá uma boa ideia do potencial do projeto, criado por um estúdio de Salvador (BA) chamado Unique Entretenimento Digital.

Infância Livre e Trabalho Livre

Uma parceria entre o Ministério do Trabalho e a Faculdade de Ciências Sociais Aplicadas (Facisa), de Campina Grande, na Paraíba, trouxe à BGS esse simple e comovente par de jogos de point-&-click educativos. Os dois trabalham sobre um mesmo sistema, mas com propostas de conscientização levemente diferentes.

Enquanto Infância Livre discute o tema de trabalho infantil, Trabalho Livre dá uma aula sobre a realidade do trabalho escravo no Brasil. Em ambos os games, o objetivo é explorar o cenário – um lixão, uma área de colheita ou um ambiente doméstico – buscando resgatar as crianças e adultos da situação de trabalho escravo. O game é gratuito e pode ser jogado também neste link.

Tiny Little Bastards

A Overlord Game Studio, do Rio de Janeiro, possui um dos estandes mais movimentados do Pavilhão Indie na BGS, mas também oferece um dos games mais divertidos de toda a feira. Tiny Little Bastards é um plataforma 2D sobre história de amor entre um viking e sua cerveja, com elementos que lembram games como Super Meat Boy e BroForce.

Colaboração para o Olhar Digital

Redação é colaboração para o olhar digital no Olhar Digital