Jogo de South Park tem proteção ‘inquebrável’ antipirataria quebrada em um dia

Renato Santino19/10/2017 16h34, atualizada em 19/10/2017 16h40

20160209150813

Compartilhe esta matéria

Ícone Whatsapp Ícone Whatsapp Ícone X (Tweeter) Ícone Facebook Ícone Linkedin Ícone Telegram Ícone Email

Houve um tempo em que a Denuvo ficou conhecida por ser a empresa que fornecia uma solução de proteção contra pirataria de jogos considerada invulnerável. Esse tempo ficou no passado. Depois de vários casos de games crackeados em pouco tempo, o jogo “South Park: The Fractured but Whole” (lançado no Brasil como “A fenda que abunda força”) teve a proteção quebrada em menos de 24 horas.

O jogo já apareceu em dois sites de distribuição de conteúdo pirateado, mostrando que a proteção já não assusta mais como antes. Em janeiro de 2016, grupos de crackers de jogos haviam chegado a alertar o público de que poderiam abandonar a atividade pois ela estava se tornando praticamente impossível depois da dificuldade encontrada para piratear o game “Just Cause 3”.

De lá para cá, as coisas mudaram radicalmente na cena da pirataria. A proteção da Denuvo já foi quebrada quase imediatamente no lançamento de “Shadow of War” e “Sonic Mania”, como nota o site Polygon.

A mudança também é simbolizada pelo fato de que “The Evil Within 2” foi lançado sem os arquivos da Denuvo. Além disso, a ferramenta de proteção também é conhecida por causar transtornos para jogadores e desenvolvedores em algumas situações. “Sonic Mania”, por exemplo, tinha um problema que fazia com que o game só poderia ser jogado online, mesmo no modo single-player, que só foi solucionado com uma atualização.

No entanto, por mais que a tecnologia da Denuvo já tivesse sido considerada inquebrável, a promessa da empresa nunca foi a de invulnerabilidade. A ideia da proteção é ganhar tempo no lançamento e tornar mais difícil a vida dos crackers para que, ou eles desistam, ou levem tempo o bastante para que uma fatia relevante do público que realmente está empolgado com o jogo acabe comprando o produto legalmente.

Se a proteção da Denuvo continuar sendo quebrada em questão de horas, ela vai parar de fazer sentido para as desenvolvedoras, que não verão vantagem em continuar pagando licença. Por isso, a tendência é que a empresa crie novas atualizações que sejam distribuídas com os jogos para impedir mais estragos. Um exemplo foi “Mass Effect: Andromeda”, que teve a proteção rapidamente quebrada, mas os piratas tiveram grande dificuldade em instalar as importantíssimas atualizações do game, que foi lançado incompleto, graças a um ajuste na proteção da Denuvo. Posteriormente, porém, a EA acabou removendo a proteção por completo.

Renato Santino é editor(a) no Olhar Digital