Chegou à App Store nesta quinta-feira, 15, “Super Mario Run”, o primeiro game desenvolvido pela Nintendo para smartphones estrelando uma de suas mais antigas propriedades. O jogo completo custa US$ 9,99 (cerca de R$ 34), mas possui uma versão demo gratuita.

Por enquanto, o game é exclusivo para dispositivos iOS, mas deve chegar ao Android no ano que vem. O Olhar Digital experimentou o jogo em um iPhone 6s e respondemos à pergunta que você pode estar se fazendo agora: vale a pena comprar “Super Mario Run”?

Primeiro, vamos falar um pouco mais sobre como o jogo funciona. A mecânica é bem simples e já até um pouco batida: trata-se de um endless runner (ou “corrida infinita”), em que o personagem se move ininterruptamente na mesma direção enquanto você, o jogador, interage com alguns pontos do cenário para fazê-lo mudar de curso ou desviar de obstáculos.

É a mesma premissa de jogos como “Subway Surfers”, só que em perspectiva lateral – como “Rayman Jungle Run”, da Ubisoft. Mario corre o tempo todo, sozinho, para a direita, e cada toque que você dá na tela faz com que ele dê um salto, tanto para esmagar inimigos quanto para transpor obstáculos ou pular entre plataformas.

É curioso, porém, como a maior parte do gameplay é feita automaticamente. Além de correr sozinho, Mario também pode saltar “pequenos obstáculos”, como Koopa-Troopas e alguns degraus, instantaneamente, sem que você precise tocar na tela. Pular enquanto ele se esquiva desses pequenos obstáculos pode render mais pontos, o que só torna o desafio ainda mais interessante.

Além disso, as moedas são colocadas em pontos estratégicos do mapa, de modo que, em alguns momentos, é preciso pensar bem (e rapidamente) em qual caminho vale mais a pena. Um pequeno erro pode significar um desperdício bem grande. Mario também pode pular mais alto mantendo o dedo pressionado sobre a tela por mais tempo, além de planar ao cair de uma plataforma alta, ficar maior comendo um cogumelo ou ricochetear nas paredes para mudar sua trajetória.

Se Mario é pego por um inimigo, perde moedas; se for tocado novamente ou cair de um precipício, ele “morre”. A morte não é realmente definitiva, já que Mario apenas fica preso dentro de uma bolha e é restaurado alguns “metros” mais para trás no mapa. Há, é claro, uma contagem de quantas vezes você pode ser salvo pela bolha antes que o jogo dê um “Game Over”.

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O seu objetivo é o mais básico de todos: salvar a Princesa Peach, que foi sequestrada por Bowser (pela bilionésima vez). Tudo isso pode fazer você pensar que não há nada de realmente interessante ou inovador no jogo, mas, como muitos games da Nintendo, palavras não fazem jus à diversão que “Super Mario Run” proporciona.

A Nintendo conseguiu realmente adaptar as mecânicas básicas da série para o ambiente de um dispositivo portátil como o iPhone. A experiência é divertida e desafiadora: em pouco tempo, você se vê obrigado a fazer mais do que apenas saltar, mas também bolar estratégias de como se movimentar para pegar todas as moedas espalhadas por cada fase.

Isso sem falar no fator nostalgia: só a ideia de jogar “Super Mario” no seu celular é suficiente para aquecer os corações dos fãs mais antigos. As clássicas trilhas musicais da série foram adaptadas (mas não exatamente reproduzidas) para essa nova versão, assim como o visual dos mapas e de todos os outros elementos da interface.

Tudo isso tem um custo – ou mais de um. O jogo só funciona enquanto você tiver uma conexão com a internet, o que não faz uma gota de sentido para um aplicativo feito para smartphones. Além disso, a bateria de um iPhone 6s pode perder 10% a cada 15 ou 20 minutos de jogo. A versão grátis tem apenas três fases e ocupa cerca de 170MB da memória interna, enquanto a versão completa tem mais 15 estágios.

Considerando tudo isso, voltamos à questão: vale a pena pagar pela versão completa? Em resumo: não. O jogo é muito divertido, mas não tem nada de revolucionário ou imperdível. Não poder jogar sem internet é uma limitação difícil de aceitar, e pagar mais de 30 reais por um jogo para smartphones não parece muito prudente – a menos que você esteja muito a fim de gastar dinheiro. “Super Mario Run” é um game que vale muito a pena ser jogado, mas só se for de graça.