Hackers desbloqueiam o PS4 para rodar jogos pirateados e emular o PS2

Renato Santino23/01/2018 16h05, atualizada em 23/01/2018 16h10

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No final do ano passado, o hacker Specter anunciou a descoberta de uma vulnerabilidade no PS4 que permite a execução de aplicativos não-autorizados no console, abrindo portas para rodar programas “homebrew” e jogos pirateados. Agora já se sabe que a falha está em uso para destravar da plataforma da Sony.

Antes de se empolgar com a possibilidade de desbloquear seu console, é importante notar que a brecha descoberta é referente à versão 4.05 do firmware do PS4, que já ridiculamente antiga e ultrapassada. Ela foi substituída pela versão 4.06, invulnerável à brecha, ainda em novembro de 2016. Assim, as únicas pessoas capazes de fazer o procedimento são aquelas que mantiveram o PS4 desconectado da internet por quase 1 ano e meio.

Como aponta o site Eurogamer, além de executar softwares homebrew e jogos pirateados, um dos feitos interessantes alcançados pelos hackers foi a engenharia reversa do recurso PS2 Classics, que permite a execução dos jogos da segunda geração do PlayStation no PS4. Atualmente, a Sony restringe severamente o catálogo de games do PS2 que podem ser acessados no PS4, mas o hack foi capaz de liberar todos os títulos, desde que o jogador tenha o arquivo ISO do jogo que deseja jogar. Além disso, até hoje o PS2 Classics exigia que os jogadores recomprassem os jogos antigos, não permitindo o uso de discos antigos, o que é outra restrição que pode ser burlada.

No entanto, é pouco provável que essa técnica de desbloqueio seja uma pedra no sapato da Sony, justamente por limitar-se a consoles que estejam com o firmware extremamente ultrapassado. Para que a prática se torne mais difundida, é necessário encontrar falhas em versões mais recentes do firmware, usados por uma parte maior do público.

Isso dito, com certeza existem mais hackers, e não são poucos, que estão procurando vulnerabilidades em versões mais recentes do firmware do PS4 para desbloquear o console de uma forma mais eficaz. A Sony, por sua vez, vai fechar todas as brechas que puder, mantendo um jogo de gato e rato que deve continuar até o fim da vida útil do PS4. É aguardar para ver o resultado.

Renato Santino é editor(a) no Olhar Digital