O Google em breve deve ter uma empresa dedicada a jogos. A gigante das buscas está investindo em um novo projeto chamado Arcade, que visa o desenvolvimento de games com foco social, mirando principalmente os celulares.

Segundo a Bloomberg, a Arcade é uma nova empreitada que nasce da Area 120, uma divisão do Google que funciona como uma incubadora de projetos de seus funcionários, onde eles têm liberdade para experimentar novas ideias, que, se apresentarem um bom resultado, podem vir a se integrar à estratégia do Google.

A Arcade foi fundada por Michael Sayman, um rapaz de 21 anos que começou a trabalhar com o Facebook aos 17 anos e se juntou ao Google no ano passado. Considerado um prodígio, ele entrou na empresa para ser o gerente de produtos da equipe do Google Assistente, que é uma área de extrema importância para o futuro da empresa.

De acordo com a publicação, o primeiro aplicativo da Arcade não deve demorar muito para sair. A expectativa é que no terceiro trimestre do ano a startup publique um jogo com elementos no estilo trivia, com perguntas e respostas, que pode ser parecido com o altamente popular HQ, que costuma reunir milhões de pessoas jogando simultaneamente, pagando alguns trocados para quem consegue responder todas as perguntas corretamente.

A ideia da Arcade é funcionar de forma independente de redes sociais, com os aplicativos dependendo apenas do número telefônico dos usuários para autenticação. O Google, no entanto, considera que este investimento é em uma rede social, porque, apesar da ideia ser diferente do que Facebook, Twitter e até o Google+ fazem, se os aplicativos conquistarem uma comunidade ampla o bastante, ele se tornará uma rede social por conta própria. É exatamente o que acontece com o já mencionado HQ, que ganhou vida própria longe de qualquer plataforma social. É um tipo de experimento social que visa alcançar jovens e mantê-los dentro do ecossistema do Google.

Como os projetos da Area 120 são profundamente experimentais, não há como garantir que a Arcade terá algum futuro. A startup deve lançar seu primeiro aplicativo e, se não houver interesse, o Google deve eliminar o projeto sem grandes cerimônias, como fez com a maioria das ideias que apareceram neste sistema.