Garoto de 10 anos gasta mais de R$ 6.000 em Fortnite e deixa mãe no vermelho

Renato Santino03/09/2018 23h48

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A ascensão do modelo de jogos free-to-play nos últimos anos criou uma situação bastante desagradável, e, infelizmente, comum: a das crianças que, sem ter dimensão da consequência dos seus atos, acabam torrando muito dinheiro dos pais nesses jogos. O último caso aconteceu no Reino Unido, quando um menino de 10 anos deixou a mãe no vermelho após gastar o equivalente a quase R$ 6.400 em Fortnite.

Essa situação aconteceu com Cleo Duckett, mulher de 46 anos, que mora no País de Gales. Cadeirante e vítima da pólio, ela tem que viver com apenas 700 libras por mês de ajuda governamental. Um dia, ao tentar sacar dinheiro em um caixa eletrônico, descobriu que tinha apenas 8 libras restantes em sua conta; pouco tempo depois, recebeu um aviso de que estava no vermelho.

Foi quando seu filho assumiu o que havia feito. O garoto de 10 anos pegou o cartão da mãe sem permissão e digitou os detalhes em seu Xbox, permitindo a compra de diversos itens no jogo sem qualquer verificação de segurança. No fim das contas, o total gasto foi de 1.193,25 libras esterlinas, deixando-a com 245 libras negativas no banco.

Ao perceber o estrago, a mãe tentou entrar em contato com o banco para tentar desfazer o mal-entendido e tentar reaver seu dinheiro. No entanto, a agência a informou de que não faria o estorno, pois as ações de seu filho seriam de sua responsabilidade; portanto, ela deveria uma forma de cobrir o saldo negativo.

“Meu filho não sabia o que estava fazendo; ele tem apenas 10 anos. Ele não entendia que aquilo era dinheiro real. Ele achava que estava apenas recebendo créditos”, conta Duckett em entrevista ao site Wales Online.

Ela diz também ter entrado em contato diretamente com a Epic Games, empresa desenvolvedora de Fortnite para tentar recuperar o dinheiro. No entanto, ela se mostrou pouco confiante em uma solução: “eu provavelmente nunca mais verei esse dinheiro de novo”, disse ela na entrevista.

Historicamente, no entanto, empresas de tecnologia costumam desfazer transações em situações como essa. Não é incomum para a Apple estornar valores de compras absurdas feitas em aplicativos por crianças sem o consentimento dos pais; o Google costuma fazer o mesmo com o Android. No caso da compra de itens por meio do Xbox, seria uma boa ideia neste caso contatar a Microsoft.

Renato Santino é editor(a) no Olhar Digital