O Windows 10 recentemente recebeu o Creators Update, uma atualização modesta, mas que trouxe alguns recursos interessantes. O mais importante deles talvez seja o “Modo de Jogo” (ou “Game Mode”), que promete extrair alguns quadros a mais por segundo com a priorização de processos, consumindo menos poder em tarefas em segundo plano para dedicar maior potência ao game.

A Microsoft prometeu uma pequena variação de 2% a 5% em computadores mais poderosos, e os primeiros testes foram desanimadores, chegando até mesmo a apontar queda de desempenho em um PC de altas configurações. No entanto, os testes do site PC World mostram que existe, sim, um ganho de desempenho, mas ele será mais aproveitado pelo usuário que tem um computador mais modesto.

Ou seja: se você está usando um computador com processador Core i7 da 7ª geração com uma placa de vídeo GTX 1080, você realmente tem pouco ou nada a ganhar do Game Mode. Um sistema com recursos mais restritos, como um notebook com uma placa de vídeo de entrada ou intermediária pode ver grandes benefícios.

Segundo o teste, os grandes ganhos observados não foram na média de quadros por segundo, mas sim no mínimo, alcançando uma maior consistência na taxa de quadros do jogo, enquanto o computador rodava outros softwares como uma aba do navegador com o YouTube aberto, o AVG e o Spotify. Neste caso, ao rodar “Bioshock Infinite”, a taxa mínima de quadros chegou até mesmo a dobrar de 5,92 frames por segundo para 10,65 fps.

Foram três jogos testados: “Bioshock Infinite”, “Rise of the Tomb Raider” e “Gears of War 4”. A máquina em questão era um Surface Book com uma placa de vídeo GTX 965M com 2 GB de RAM, que é bastante modesta para o padrão de um PC para jogos, um processador Core i7, 16 GB de RAM e 1 TB de SSD. Os games foram testados em quatro cenários diferentes:

  • Sem tarefas em segundo plano; com Game Mode desligado
  • Sem tarefas em segundo plano; com Game Mode ligado
  • Com tarefas em segundo plano; com Game Mode desligado
  • Com tarefas em segundo plano; com Game Mode ligado

Quando não havia programas em segundo plano, o ganho na média de quadros por segundo foi nulo ou desprezível. Ao observamos a taxa mínima alcançada, no entanto, o resultado já foi um pouco mais promissor chegando a um aumento de 8% em “Bioshock Infinite”, que saltou de 15,58 frames por segundo para 16,86 fps.

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O verdadeiro ganho foi quando o Windows tinha tarefas em segundo plano. Neste caso, as vantagens ficaram mais ressaltadas tanto na média quanto no mínimo. “Gears of War 4”, por exemplo, viu sua média subir de 29,5 quadros por segundo para 35,9, com um ganho de 21,7%. Além disso, o mínimo aumentou de 12,5 para 18,5 quadros, com uma melhoria de quase 50%.

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Portanto, o Game Mode não faz milagres, mas ele serve bem a um público específico que não tem um PC dedicado a jogos, mas gostaria de rodar alguns games sem tanto sufoco. Em uma placa de vídeo modesta, o sistema operacional conseguiu extrair dar maior consistência aos jogos, especialmente se o usuário tem outros softwares rodando em seu PC enquanto joga.

Vale ressaltar, que, no entanto, o melhor a se fazer é fechar tudo antes de abrir o seu jogo. Em todos os casos, o desempenho com processos em segundo plano desligados é melhor do que com o Modo de Jogo ativado. 

[PC World]