O Game Boy foi criado para fazer o videogame se tornar portátil, e a Nintendo alcançou esse objetivo na época. Hoje, no entanto, há máquinas muito menores e mais potentes capazes de rodar jogos, então um engenheiro de software resolveu pensar: qual seria o método mais útil de trazer o Game Boy de volta do mundo da tecnologia ultrapassada? Torná-lo tão portátil que ele pudesse ser usado como chaveiro, é claro.
O dispositivo foi criado pelo hacker Jeroen Domburg, que desenvolveu um mini-mini-Game Boy, que tem o tamanho da ponta do seu dedão, com a carcaça criada em impressora 3D. A telinha OLED traz todas as cores de um Game Boy Color e um microcontrolador ESP-32 garante que os jogos sejam jogáveis.
O chip ESP-32 conta com dois núcleos de processamento operando em 240 Hz com 512 KB de memória RAM. É pouco em comparação com o seu celular, mas mais do que suficiente para rodar jogos de Game Boy. Além disso, ele conta com Bluetooth e Wi-Fi, o que traz conectividade ao aparelhinho. Em termos de software, foi usado o emulador GNUboy com alguns ajustes para reduzir o consumo de memória RAM.
O que é óbvio, no entanto, é que o GameBoyzinho de Domburg não vai aceitar os cartuchos originais do console verdadeiro por causa do tamanho. Para escolher um game, o jogador precisa carregar o software na memória do miniconsole; há espaço suficiente para qualquer game da plataforma.
Nem tudo foi perfeito no desenvolvimento, no entanto. O chip on-board para o driver do alto-falante de apenas 1 centímetro estava superaquecendo violentamente, às vezes chegando até a 90° Celsius. Mas o problema foi resolvido.
É certo que a Nintendo, protetora de suas marcas como é, não vai gostar da ideia. No entanto, como aparentemente não há a intenção de comercializar ou distribuir o console de qualquer forma, não há muito que a empresa possa fazer para barrar o projeto.