No começo de outubro, Christopher Anderson, um australiano de 42 anos, teve a casa revistada pela polícia e seus ativos congelados pela Justiça. Tudo porque ele é acusado de ser um dos desenvolvedores do Infamous, um software que permite criar trapaças para jogos como “Grand Theft Auto V”.
Numa entrevista recente ao jornal The New York Times, Anderson criticou a Rockstar, desenvolvedora de “GTA”, e a Take-Two, dona da empresa, pelo que ele afirma se tratar de uma perseguição a desenvolvedores independentes e hackers que criam cheats como forma de explorar o código do jogo.
“Eles não podem proteger tecnicamente o software, então eles usam táticas de intimidação”, disse Anderson ao NYT. O australiano foi processado juntamento com Cycus Lesser, Sfinktah, Koroush Anderson e Koroush Jeddian, outros supostos desenvolvedores do Infamous.
O programa permite que jogadores usem cheats para aprimorar seus “poderes” dentro de “Grand Theft Auto Online” e tenham vantagem sobre competidores no ambiente multiplayer de GTA. Os supostos criadores do Infamous foram processados pela Take-Two por violação de direitos autorais.
“Nós podemos e vamos continuar tomando medidas legais contra aqueles que interferem no ambiente multiplayer desfrutado por nosso público”, disse um porta-voz da Take-Two ao NYT. A empresa se diz “comprometida com a proteção da nossa comunidade multiplayer contra assédio e outras perturbações”.
Anderson, porém, acha a medida desproporcional. “Eles estão apenas me agredindo”, disse o australiano. A Justiça ordenou o congelamento de suas finanças com o objetivo de forçá-lo a pagar uma quantia não revelada relacionada à violação de direito autoral acusada pela Take-Two. O processo corre sob segredo de Justiça na Austrália.