Cartucho de Super Mario Bros de 1987 é vendido a preço recorde

Recorde anterior era de outra cópia do mesmo game; empresa planeja vender ações do cartucho
Davi Medeiros14/08/2020 14h29, atualizada em 14/08/2020 14h38

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Em julho, um cartucho de Super Mario Bros. foi vendido por US$ 114 mil (mais de R$ 600 mil), quebrando o recorde de game mais caro da história. Meses antes, porém, uma empresa americana de investimentos discretamente pagou ainda mais caro pelo jogo, desembolsando US$ 140 mil (R$ 755 mil) pela melhor cópia existente do clássico da Nintendo.

O preço é justificado pela qualidade da aquisição. A cópia foi classificada como 9,8 A+ pela Wata Games, empresa especializada em avaliar os níveis de conservação de jogos antigos. “Esta é a cópia de Super Mario Bros. com classificação mais alta que existe, considerada por muitos colecionadores como o ‘Santo Graal’ do jogo”, explica o CEO Deniz Kahn.

Algumas características da embalagem indicam que o cartucho é de 1987:

  • A capa do jogo apresenta um selo de qualidade redondo que foi utilizado até 1989. Depois disso, ele foi substituído por uma versão mais clara e oval;
  • A inscrição “Nintendo Entertainment System” não tem um TM à frente. O símbolo de trademark foi inserido no logotipo em meados de 1987;
  • Segundo a Wata Games, está é uma das 14 cópias remanescentes com “hangtabs”, que possuíam ganchos penduráveis na parte superior traseira. Esse tipo de embalagem parou de ser comercializado pela Nintendo em setembro de 1987.

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Detalhes da embalagem sugerem que esta cópia de Super Marios Bros. foi fabricada em 1987. Imagem: Reprodução/Ars Technica

Três mil pedaços de Super Mario

O cartucho mais caro da história não foi adquirido para uso próprio. A Rally, empresa responsável pela compra, pretende revendê-lo a US$ 150 mil na semana de 21 de agosto. O curioso é que ele não será destinado a um único dono, mas sim a três mil.

A Rally é uma empresa de investimentos que aposta na demanda por itens colecionáveis. Sua operação se resume em adquirir exemplares raros de automóveis e relógios, por exemplo, e vender seus ativos aos colecionadores interessados.

Isso mesmo, é possível comprar ações de um item raro e adquirir um milésimo de sua propriedade, mesmo sem nunca vê-lo pessoalmente.

No caso do Super Mario Bros., serão vendidas três mil ações individuais a US$ 50 a unidade, totalizando US$ 150 mil. O cartucho em si ficará guardado numa instalação segura com controles de temperatura e segurança de última geração. Futuramente, ele pode ser exibido em museus e galerias pelos Estados Unidos.

Fitz Tepper, vice-presidente da Rally, afirma que não existem garantias de que aparecerão tantos interessados no game, mas que ofertas semelhantes a esta esgotaram em “questão de minutos”. Agora, a empresa planeja repetir o processo adquirindo outros clássicos, como The Legend of Zelda, Super Mario Bros. 3 e Stadium Events.

Via: Ars Technica

Colaboração para o Olhar Digital

Davi Medeiros é colaboração para o olhar digital no Olhar Digital