Câmera feita com mais de 23 mil canudos é acionada por controle da Nintendo

Designer Adrian Hanft criou uma das câmeras mais exclusivas do mundo; 'cérebro' do dispositivo é um Raspberry Pi interno, executando um código Python personalizado
Vinicius Szafran26/08/2020 18h59, atualizada em 26/08/2020 19h25

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O designer Adrian Hanft teve a sagacidade de criar uma das câmeras mais exclusivas do mundo. Ela é feita com incríveis 23.248 canudinhos de café. A luz atravessa cada um desses canudos, gerando imagens que aparecem como 23.248 pontos de luz.

Antes dessa experiência, Hanft já havia verificado que 250 canudos podem projetar uma imagem em vidro fosco. O designer então encomendou dezenas de milhares de agitadores pretos descartáveis de café na Amazon e começou a construir protótipos da câmera que tinha em mente.

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Protótipos mostram a evolução da câmera em suas várias versões. Imagem: Adrian Hanft

A luz atravessa cada um dos canudos e cria uma imagem no “vidro fosco”. Hanft tentou várias superfícies, como telas de laptop e acrílico lixado antes de chegar ao papel de cera. Uma câmera digital montada na parte traseira captura a imagem vista nessa superfície.

Foram diversos protótipos construídos com diferentes designs e quantidade de canudos, com o tamanho da câmera aumentando conforme o projeto evoluía.

A versão final tem uma estrutura de madeira compensada de meia polegada, mede 53x53x79 cm e pesa 18 kg. Os 23.248 canudos são cortados, ou seja, viram dois canudos menores colocados lado a lado, de modo que a câmera possui uma resolução de 0,0465 megapixels.

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Máquina é controlada por um controle de Nintendo. Imagem: Adrian Hanft

O “cérebro” da câmera é um Raspberry Pi interno, executando um código Python personalizado escrito por Hanft. Ele é emparelhado com um módulo de câmera Raspberry Pi de 12,3 megapixels e 6 mm de distância focal, colocado sobre uma estrutura montada com Lego.

Para manusear a câmera, o designer acoplou um controle original da Nintendo, conectado por meio de um adaptador USB. Apertando o botão “Start”, o sistema fornece uma prévia do que a câmera vê, e uma foto é tirada ao se pressionar “A”; “Select” exibe uma galeria de fotos anteriores; as setas para cima e para baixo aumentam e diminuem, respectivamente, o tempo de exposição em incrementos de um segundo, enquanto as setas da esquerda e da direita são para navegar pela galeria. O celular de Hanft funciona como um visor sem fio para a câmera.

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Uma das fotos feitas com a câmera de canudos. Imagem: Adrian Hanft

“Parece uma piada, mas na verdade eu levo muito a sério”, afirmou Hanft ao site PetaPixel. “As pessoas me dizem que as fotos tiradas com a minha câmera de canudos de café parecem mais pinturas do que fotos. O efeito é como o mashup de Chuck Close, Claude Monet e um videogame de 8-bits”, concluiu.

O designer documentou todo o processo, e mais imagens feitas com essa câmera podem ser encontradas em seu site e em sua conta no Instagram.

Via: PetaPixel

Vinicius Szafran
Colaboração para o Olhar Digital

Vinicius Szafran é colaboração para o olhar digital no Olhar Digital