BGS 2015: ‘Quantum Break’ pode revitalizar potencial do Xbox One

Redação08/10/2015 20h04, atualizada em 08/10/2015 20h22

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Começou nesta quinta-feira, 8, a Brasil Game Show, maior feira de jogos eletrônicos da América Latina, realizada em São Paulo. O Olhar Digital foi convidado para conferir uma demonstração inédita de Quantum Break, novo game da Remedy exclusivo para Xbox One e com lançamento previsto para abril de 2016.

O jogo mistura ação e ficção científica com uma mecânica semelhante a jogos anteriores do estúdio, como Max Payne e Alan Wake. Na trama, você controla Jack, personagem cujas feições e captura de movimentos são baseados no ator Shawn Ashmore – o Homem de Gelo dos filmes dos X-Men.

Um acidente com um experimento científico faz o personagem ganhar a habilidade de controlar o tempo e o espaço ao seu redor, afetando todo o tecido da nossa realidade e sendo perseguido por uma corporação que quer esconder essa tecnologia do mundo – chefiada pelo próprio irmão do herói.

Thomas Puha, líder de desenvolvimento da Remedy, nos introduziu a uma sequência de gameplay ainda não mostrada publicamente. Não pudemos colocar as mãos no controle e experimentar “fisicamente” a novidade, mas a demonstração que nos foi apresentada deu mais detalhes sobre os diversos poderes e recursos que o jogador tem à disposição ao longo da aventura.

São ao menos cinco variações de poderes temporais, que incluem manipular a trajetória do tempo, como no clássico Prince of Persia, e até criar “bolhas” em que o protagonista pode se proteger ou congelar inimigos. Como os trailers já exibidos, o leque de possibilidades de ataque e estratégias é imenso, dando liberdade ao jogador de escolher como quer progredir e também de se perder entre tantos comandos.

Puha deixou claro que o jogo ainda está em desenvolvimento e que a equipe ainda precisa aprimorar esses sistemas de combate, admitindo que é uma preocupação do estúdio que o game não fique fácil ou confuso demais para o jogador. Porém, o grande diferencial de Quantum Break está relacionado às possibilidades fora do terreno tridimensional.

Paralelamente à campanha principal do game, há uma série de TV com atores reais acompanhando o desenrolar da trama. No jogo, a história se desenvolve pelo ponto de vista do herói, Jack Joyce, enquanto os quatro episódios que compõem a temporada seguem o ponto de vista de seu irmão, o vilão William Joyce.

O jogo possui cinco atos, intercalados por episódios da série com atores. Cada ato finalizado desbloqueia um capítulo do programa. Na demonstração exibida na BGS, foi possível ver como um mesmo acontecimento pode ser abordado por duas perspectivas diferentes: a do herói, dentro do jogo, e a dos coadjuvantes, na série.

Além disso, as escolhas feitas durante o jogo afetam também a evolução da história. Decidir por matar ou não um personagem, por exemplo, gera consequências tanto no decorrer da trama dentro do game quanto na série. Isso abre uma enorme gama de possibilidades de narrativa, tornando a experiência de cada jogador diferente uma da outra.

Assistir cada episódio da série entre as fases do game não é “obrigatório”, explica Puha, mas é interessante para que o jogador tenha uma visão expandida do universo de Quantum Break. O inverso – assistir somente a série, independentemente do jogo – não é permitido, e muito menos recomendável, diz o desenvolvedor.

Com essa narrativa dividida entre game e cinema, é possível que Quantum Break seja o título responsável por revitalizar o Xbox One frente à concorrência (PlayStation 4), que desde a inauguração da atual geração de consoles tem se mantido a frente na disputa pelo mercado. A experiência sugere um grande potencial para o videogame da Microsoft, que finalmente apresenta uma ideia original para uma indústria tão saturada de velhos conceitos.

Colaboração para o Olhar Digital

Redação é colaboração para o olhar digital no Olhar Digital