Adolescente cria empresa de videogame sem investimento

Redação30/05/2016 18h56, atualizada em 30/05/2016 19h08

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David Eisman seria um estudante de 16 anos do ensino médio típico se ele não tivesse fundado a empresa de jogos de videogame Pixelman Productions sem dinheiro nenhum.

“Eu sempre quis um estágio em uma empresa de videogame, mas nunca iriam me contratar. Eles disseram que eu precisava de experiência e um jogo criado. Então eu decidi pular essa etapa inteiramente de tentar entrar em uma empresa e criar a minha própria”, afirmou em entrevista.

David é filho do investidor Steve Eisman. No entanto, ele não apoiou financeiramente a ideia do adolescente, por isso ele foi em sites e fóruns sobre games e começou a anunciar sua empresa e buscar parceiros.

Nos anúncios de recrutamento, David explicou que estava começando uma nova empresa de jogos e que as pessoas seriam pagas através de partilha de receitas. Enquanto muita gente dizia que o garoto era louco, outras ficaram curiosas sobre o trabalho. O resultado: ele já contratou 12 pessoas e ainda tem mais 30 interessados na fila.

“Eu contratei dois programadores, artistas, um escritor, uma equipe de marketing da Polônia e dois compositores de música. A pessoa mais jovem tem 18 anos e o mais velho, 35, que é do Paquistão. É uma equipe internacional. Meu pai me ajudou com os contratos”, explicou. “Você ficaria surpreso com quantas pessoas estão dispostas a trabalhar em projetos de jogos de graça.”

David buscou desenvolver um game completamente diferente dos disponíveis no mercado. O jogo “Mirka” tem como personagem principal uma menina que está à procura de seu amigo em um deserto e acaba encontrando uma tribo nativa. Com o desenrolar da trama, ela precisa ajudar a salvar a tribo.

O adolescente afirma que, além de o jogo explorar sentimentos poucos explorados nos jogos tradicionais, como tristeza, solidão, medo e laços de amizade, a protagonista ainda foi criada com respeito. “Protagonistas femininas são hiper sexualizadas na maioria dos jogos e isso realmente me perturba. Você não hiper sexualiza as pessoas. Você não deve criar estereótipos”, afirma.

Nos próximos meses, a empresa deve criar uma campanha no site colaborativo Kickstarter para conseguir produzir o jogo em grande escala. Mas os planos de David não acabam por aí. “Eu quero incorporar jogos de vídeo na educação e trabalhar com universidades para usar a ‘aprendizagem tangencial’ a fim de ajudar no aprendizado de crianças”, diz. “Estou muito incomodado com a forma do nosso atual sistema de ensino e eu acho que os videogames podem ser uma ajuda”.

Via Business Insider

Colaboração para o Olhar Digital

Redação é colaboração para o olhar digital no Olhar Digital