Condomínios tecnológicos: dispositivos que garantem segurança e praticidade ao lar

Roseli Andrion08/11/2019 22h45, atualizada em 09/11/2019 22h00

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O lar o local em que mais queremos nos sentir seguros. E as tentativas de fazê-lo confortável nesse aspecto são as mais variadas. Com a ajuda da tecnologia, isso tem ganhado novos contornos: do uso de biometria à implantação de portarias totalmente remotas em condomínios, passando pela adoção de aplicativos para as mais diversas atividades, a automação já é realidade em muitos imóveis.

Os números ainda são tímidos. Dos cerca de 400 mil condomínios existentes no brasil, perto de 3 mil têm automação dos processos que envolvem funcionários. Isso representa menos de 1% do total. Ou seja, ainda há muito espaço para expansão.

Que tal, por exemplo, parar de usar o interfone? Essa é a proposta da Noknox. Trata-se de um sistema em forma de aplicativo que permite fazer todas as funções inerentes ao condomínio diretamente no celular. Dá para controlar o acesso de visitantes, enviar comunicados, registrar ocorrências, conversar com unidades, administração e portaria por chat e gerenciar todo o fluxo de recebimento e distribuição de encomendas. Além disso, ajuda a tornar a gestão do condomínio mais profissional, pois adiciona controles mais precisos aos processos internos.

As propriedades que escolhem essa solução podem adotar a versão gratuita, que não tem as funcionalidades ligadas à gestão do empreendimento. Se preferirem contratar o serviço completo, pagam R$ 1,99 por unidade. Em um condomínio com 100 apartamentos, então, o custo total é de R$ 199.

Tanto a portaria quanto o síndico podem usar a versão web da ferramenta, mas o aplicativo também está disponível para eles – e essa mobilidade é bastante útil quando o profissional precisa sair do posto fixo de trabalho. A Noknox nasceu em abril de 2018 e atende, hoje, 250 condomínios, com um total de 50 mil apartamentos. A filosofia por trás da solução é a de que é importante ter um porteiro presente no imóvel, para que ele atue como cuidador do espaço e das pessoas.

Os moradores e o síndico que usam o sistema aprovam. Para eles, o destaque é a praticidade trazida pela solução em diferentes ocasiões. Enquanto os condôminos percebem que ficou mais fácil interagir com a equipe de administração sempre que necessário, os profissionais sentem que a comunicação ganhou agilidade.

E para tornar tudo ainda mais confortável, um complemento interessante é o elevador para pizza. Quando o morador pede uma entrega de refeição, não precisa mais descer para recebê-la. O alimento é colocado no elevador e enviado ao andar correspondente para que seja retirado pelo residente. Prático, né?!

Já para quem não faz questão de ter um porteiro presente no imóvel e se contenta com o atendimento de profissionais que atuam a partir de outra localidade, existe a portaria remota. Uma das companhias que oferece essa solução é a Peter Graber. A empresa tem, hoje, cerca de 70 porteiros que atendem os imóveis a distância. Já são 140 condomínios clientes que recebem monitoramento 24 horas por dia.

Além da segurança, outro grande apelo para o uso da tecnologia nos condomínios é o corte de custos. A automação promete tornar a conta bem menor para os imóveis. E ela deve vir em breve: os altos custos das taxas condominiais tem feito muitos repensarem os processos internos das propriedades – especialmente quando se percebe que cerca de 70% dos custos são com pessoal de portaria.

Em vez do custo médio de R$ 20 mil com pessoal, quem opta por instalar uma portaria remota, por exemplo, vai gastar entre R$ 6 mil e R$ 9 mil. O segredo? O compartilhamento de profissionais. Isso porque, em uma portaria convencional, é comum que o trabalhador passe bastante tempo ocioso. Na central de atendimento, por outro lado, os agentes atendem as propriedades conforme a demanda. As horas de trabalho são otimizadas ao serem divididas dessa forma.

Por isso, com a adoção dessa ferramenta, há uma melhoria nas finanças do imóvel. Há quem consiga até diminuir o custo da taxa condominial, zerar a inadimplência e passar a poupar dinheiro para fazer manutenção e benfeitorias no empreendimento.

Moradores de imóveis com portaria remota usam uma tag magnética ou a própria digital para entrar na propriedade. Com isso, todos os passos dados por eles no local são registrados, bem como os horários em que passou em cada lugar. Ou seja, é um controle muito mais sofisticado do que o existente em portarias comuns.

Embora não haja um porteiro presente no condomínio, falar com um profissional remoto é rápido e simples. A Peter Graber tem uma meta de tempo para fazer o primeiro atendimento a qualquer morador dos condomínios clientes que entre em contato com a equipe: em 10 segundos, esse residente deve ser atendido. Assim, quem estiver livre, faz a assistência.

O grande diferencial desse tipo de solução é o fato de evitar que um profissional fique vulnerável enquanto trabalha sozinho na portaria de um empreendimento. Na central da empresa, ele faz o mesmo trabalho, mas em um ambiente mais controlado. E, se houver emergências na propriedade, diferentes sensores instalados no local alertam os porteiros remotos – que estão prontos para agir.

No começo, é comum que alguns moradores fiquem um pouco desconfiados e desconfortáveis com essas soluções tecnológicas. Mesmo assim, apesar desse estranhamento inicial de alguns até a adaptação total com a ferramenta, a grande maioria dos usuários aprova a novidade depois que se acostuma com ela.

Muitos já reconhecem que esse é um processo irreversível, pois alia segurança, funcionalidade e custo mais justo de condomínio. Sem contar que valoriza o imóvel: as propriedades com elementos tecnológicos são cada vez mais atraentes.

Colaboração para o Olhar Digital

Roseli Andrion é colaboração para o olhar digital no Olhar Digital