Na última sexta-feira, 1, o Tribunal Superior Eleitoral organizou um teste público em Brasília (DF) para colocar à prova a segurança das urnas eletrônicas usadas em processos eleitorais pelo Brasil. Uma delas não passou no teste e acabou hackeada.
O objetivo do teste era justamente descobrir possíveis falhas no sistema de proteção das urnas. Segundo o coordenador de sistemas eleitorais do TSE, José de Melo Cruz, os técnicos que participaram do teste descobriram pelo menos uma vulnerabilidade.
Os invasores conseguiram acesso ao que o TSE chama de “RDV”, ou “registro digital do voto”. Trata-se do registro de atividade da urna, que mostra quais candidatos foram votado em cada máquina. Os hackers não conseguiram acesso aos dados dos eleitores, porém.
Além disso, só foi possível observar os dados, e não adulterá-los. Os hackers também não conseguiram decifrar os votos de todos os que participaram da sessão de testes, mas apenas da última pessoa a votar em uma das máquinas, disse Melo ao G1.
Ainda de acordo com o TSE, a brecha surgiu em decorrência de uma recente atualização ao sistema operacional das urnas, mas ela já está sendo corrigida. Testes como esse já foram feitos anteriormente. O último foi antes das eleições municipais de 2016.