Com a disseminação do novo coronavírus, diversas empresas decidiram adotar o sistema home office. Com isso, alternativas para reuniões tiveram de ser encontradas. Uma das mais populares atualmente é o Zoom, serviço de videochamada com várias ferramentas para facilitar a comunicação.

No entanto, como normalmente acontece com práticas que se popularizam, criminosos encontraram formas de tirar vantagem do sistema. A prática, batizada de Zoomboming – trolls que interrompem as reuniões com conteúdo ofensivo -, ganhou notoriedade recentemente, com várias denúncias do tipo.

Em uma delas, um pré-candidato a vereador de São Paulo diz que teve uma reunião na plataforma invadida. Na descrição da ocorrência, ele afirma que os invasores aproveitaram o momento para compartilhar ofensas e conteúdo pornográfico infantil.

Apesar anunciar que iria adicionar criptografia de ponta a ponta em todas as videochamadas, o Zoom ainda não confirmou se a funcionalidade está disponível para as versões gratuitas. Por esse motivo, a Kaspersky, companhia de cibersegurança, acompanha de perto como esses golpes evoluem e dá dicas para evitar ser a próxima vítima.

Reprodução

Zoom popularizou-se como alternativa para a realização de reuniões em meio à pandemia. Foto: Android Autohority

Em primeiro lugar, o que parece óbvio, mas é uma das causas mais comuns de invasão, é a questão de senhas fracas. Por conta disso, a empresa recomenda que o usuário crie uma palavra-chave forte e que seja exclusiva para a conta.

A autenticação de dois fatores também é uma ferramenta importante. Mesmo que os dados da conta vazem, será necessário um código de verificação enviado para o smartphone do usuário para acessar o serviço usando as credenciais.

Quando uma reunião é criada, um ID pessoal é gerado. Compartilhe com cautela. Caso contrário, qualquer pessoa com essa identificação pode entrar na sala de conversa. Isso também vale para os links das conferências. Evite compartilhá-los em redes sociais. É dessa forma que muitas vezes as reuniões são invadidas.

Proteger a reunião com uma senha também pode ser a solução. Com isso, apenas convidados que receberem o código poderão entrar na reunião. Uma alternativa é ativar a sala de espera para as chamadas. Assim, você poderá moderar quem entra na chamada.

Software infectado

A empresa também destaca que criminosos se aproveitam de versões adulteradas dos softwares para implementar malwares nos dispositivos dos usuários. Por isso, recomenda-se que os programas sejam baixados apenas nos sites oficiais.

No caso do Zoom, utilizá-lo no navegador pode ser uma solução. Isso porque várias versões do serviço demonstram uma variedade de falhas. Algumas delas permitem que hackers acessem a câmera e o microfone do dispositivo. Esse caso foi rapidamente resolvido pelo Zoom. No entanto, outras vulnerabilidades podem estar presentes. Por isso, a utilização da interface web pode ser uma alternativa para evitar alguns problemas.