Rússia está por trás do ataque NotPetya, diz governo dos EUA

Daniel Junqueira16/02/2018 18h24, atualizada em 16/02/2018 18h35

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O governo dos Estados Unidos está culpando a Rússia pelo mega-ataque NotPetya que atingiu computadores do mundo inteiro no meio do ano passado. O Reino Unido também já tinha apontado o exército russo como fonte dos ataques que atingiram partes da infraestrutura da Ucrânia, além de computadores de diversos lugares do planeta.

De acordo com a secretária de imprensa da Casa Branca, Sarah Sanders, o ataque feito em junho de 2017 pelo exército russo “se espalhou pelo mundo, causou bilhões de dólares de danos pela Europa, Ásia e Américas.” Ela disse também que a ação foi parte de um esforço feito para desestabilizar a Ucrânia, de acordo com a Reuters.

A declaração de Sanders segue um comunicado assinado pelo ministro de segurança digital do Reino Unido, Tariq Ahmad, que também apontou para o exército russo como origem dos ataques feitos no ano passado.

A Rússia já vinha sendo acusada de participação no NotPetya há meses por empresas de segurança, mas essa é a primeira vez que o governo dos EUA culpa abertamente os russos pelo ataque. Dinamarca e Austrália também atribuíram o NotPetya ao exército russo.

A Casa Branca prometeu “consequências internacionais” pelos danos causados pelo ataque, mas não entrou em detalhes sobre como isso deve acontecer. A Rússia nega participação nos ataques.

O NotPetya era uma versão modificada do ransomware conhecido como Petya. Ele “sequestrava” dados de computadores ao deixá-los criptografados e exigia o pagamento de um resgate para liberar o acesso. Só que, diferentemente do Petya, o NotPetya não fornecia nenhuma chave de desbloqueio, o que indicava que os PCs infectados não tinham mais salvação.

Ex-editor(a)

Daniel Junqueira é ex-editor(a) no Olhar Digital