Promotores norte-americanos acusaram dois chineses por hackear e roubar mais de 200 GB de dados de três empresas de videogames, entre 2017 e 2018. Segundo informações do Departamento de Justiça, Li Xiaoyu, 34, e Dong Jiazhi, 33 roubaram códigos-fonte de jogos ainda não lançados, nomes de usuários e senhas, códigos em desenvolvimento, arquivos Java e dados de programação.

Nesta terça (21), o órgão também acusou os dois chineses por hackear várias outras empresas, organizações e agências governamentais em todo o mundo, além de roubar materiais de propriedade intelectual como dados relacionados à vacina para a Covid-19. Os dois foram acusados de operar em nome da agência de inteligência do governo chinês, o Departamento de Segurança do Estado de Guangdong (GSSD) do Ministério de Segurança do Estado (MSS).

 

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Hackers chineses são supostos responsáveis por roubo de dados de várias empresas. Imagem: Pixabay

De acordo com o comunicado enviado à imprensa, o MSS supostamente passou aos hackers informações sobre vulnerabilidades e erros que poderiam ser explorados. Li e Dong também podem ser os responsáveis por ataques ao escritório do Dalai Lama e de várias outras empresas dos Estados Unidos, Grã-Bretanha, Suécia, Austrália e Alemanha.

“A China é a típica ameaça para empresas de jogos. Eles atacam a cada oito meses, mais ou menos”, comentou um dos engenheiros de uma empresa de games que preferiu não se identificar. 

Em comunicado à imprensa, o procurador-geral da Segurança Nacional, John C. Demers, comentou a acusação. “A China agora ocupa o seu lugar, ao lado da Rússia, Irã e Coreia do Norte, naquele vergonhoso clube de nações que fornecem um refúgio seguro para cibercriminosos em troca de que esses criminosos estejam” de plantão “para trabalhar em benefício do estado”, afirmou.

 

Fonte: Vice