Em abril, o aplicativo de mensagens WhatsApp ganhou um sistema de criptografia ponta-a-ponta, o que significa que todas as conversas mantidas pelos usuários no app são virtualmente impossíveis de serem rastreadas ou armazenadas. Mas, aparentemente, o criador do antivírus que leva seu nome, John McAfee, acredita que consegue hackear o app.

Ou pelo menos foi nisso que o empresário, desenvolvedor e candidato à presidência dos EUA tentou fazer com que a imprensa acreditasse. Segundo o Gizmodo, McAfee convidou jornalistas americanos a participar de uma demonstração em que ele conseguiria ler, remotamente, mensagens do WhatsApp de um dos participantes no “experimento”.

O que começou a deixar os repórteres desconfiados, porém, foi que os celulares usados para fazer essa demonstração seriam fornecidos pelo próprio McAfee. Posteriormente, o empresário revelou que o “truque”, na verdade, consistia em entregar aos repórteres um celular com um vírus pré-instalado.

Esse malware é o que faria a transmissão específica das conversas daquele WhatsApp para o smartphone de McAfee. Apesar disso, o desenvolvedor tentou convencer os jornalistas de que seus planos de hackear a criptografia do app eram reais, entregando os celulares caixas fechadas, como se eles nunca tivessem sido usados. Ou seja, ele não hackeou o WhatsApp, mas instalou um app com vírus nos aparelhos.

Em nota, porém, McAfee disse que houve um mal entendido e que nunca prometeu que iria romper a criptografia do WhatsApp. “Eu deixei absolutamente claro que isto não era uma questão do WhatsApp. Era uma questão do Google”, disse, em referência à suposta falha de segurança do Android que ele quis “revelar”. “É claro que os celulares tinham malware neles. Como o malware entrou aí é a história.”

Via Gizmodo