Hacker que clonou celular de Marcela Temer é condenado a 5 anos de prisão

Redação26/10/2016 14h13, atualizada em 26/10/2016 14h34

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Silvonei José de Jesus Souza, hacker acusado de clonar o celular de Marcela Temer, esposa do presidente da República Michel Temer, foi condenado a 5 anos de prisão pelo crime de estelionato e extorsão. O processo foi concluído em seis meses, mas ainda cabe recurso.

Detido provisoriamente em maio deste ano, o hacker exigiu R$ 300 mil para não vazar fotos íntimas e áudios da primeira dama. Nos autos do processo, o nome de Marcela Temer foi substituído por “Mike”, som que no alfabeto fonético usado por militares correspondente à letra M, de Marcela.

De acordo com o G1, o advogado de Silvonei, Valter Albuquerque, criticou a decisão do juiz. “Por ele ser de baixa periculosidade, deveria ser regime aberto ou semiaberto”, disse ele. O hacker deve cumprir pena em regime fechado no presídio de Tremembé, no interior de São Paulo.

O caso

Silvonei teria descoberto o número de telefone pessoal de Marcela ao comprar um CD pirata que armazenava dados de diversas pessoas, públicas e anônimas. O hacker então clonou o WhatsApp da primeira-dama e, se passando por ela, pediu R$ 150 mil ao irmão de Marcela para uma suposta pintura.

Depois disso, Silvonei teria confrontado Marcela diretamente pedindo os R$ 300 mil citados pela acusação. O hacker teria ainda ameaçado divulgar áudios que, “fora de contexto”, poderiam comprometer a imagem de Michel Temer, que na época era vice-presidente e aguardava o resultado do processo de impeachment de Dilma Rousseff.

Temer teria optado por não envolver a Polícia Federal no caso porque acreditava que o hacker tinha motivações políticas. Alexandre de Moraes, hoje ministro da Justiça, e que na época era secretário de Segurança do estado de São Paulo, se envolveu no caso a pedido de Geraldo Alckmin, governador paulista.

Alexandre então teria acionado a Divisão Anti-Sequestro (DAS) do estado de São Paulo para descobrir quem era o chantagista. O hacker acabou preso no dia 11 de maio, um dia antes de Temer ser empossado como presidente interino devido ao afastamento de Dilma. Alexandre foi nomeado ministro logo em seguida.

Colaboração para o Olhar Digital

Redação é colaboração para o olhar digital no Olhar Digital