A resistência da Apple à pressão do FBI para criar uma maneira de burlar a segurança de seus iPhones – que já recebeu apoio da Microsoft, do Google e do WhatsApp – passou ontem a contar também com o suporte do Facebook e do Twitter.

A rede social de Mark Zuckerberg soltou ontem uma declaração ao USA Today na qual ela expressa sua discordância com a postura assumida pelo FBI, e demonstra seu apoio à decisão de Tim Cook de não responder às demandas do governo americano.

“Nós condenamos o terrorismo e temos total solidariedade com as vítimas do terror. Aqueles que buscam louvar, promover ou planejar atos terroristas não têm lugar em nossos serviços. Nós também respeitamos o difícil e essencial trabalho dos órgãos de aplicação da lei para manter as pessoas seguras. Quando recebemos solicitações legítimas dessas autoridades, nós acatamos.

“No entanto”, continua a declaração, “nós continuaremos a lutar agressivamente contra exigências de que as empresas enfraquecam a segurança de seus sistemas. Essas demandas criariam um precedente assustador e obstruiríam os esforços das empresas para garantir a segurança de seus produtos”.

Conforme aponta o The Next Web, a declaração da rede social é notável porque, ao mesmo tempo em que mostra firme apoio à atiitude da Apple, também reconhece que o Facebook coopera com solicitações de informação feitas por agências de segurança.

Twitter

Outra rede social a demonstra suporte à postura de Tim Cook foi o Twitter. Jack Dorsey, CEO do serviço, divulgou uma mensagem de apoio em sua conta na rede social:



Enquanto busca minar a resistência das emrpesas de tecnologia em enfraquecer a segurança de seus produtos, o FBI estuda alternativas para acessar os iPhones de suspeitos, tais como usar os dedos de suspeitos mortos para desbloquear dispositivos travados com identificação biométrica. John McAfee, dono do serviço antivírus, também já se ofereceu para ajudar o órgão de segurança nessa questão.